O Presidente do Grupo Parlamentar do PS congratulou-se, este sábado, com a decisão norte-americana de reequacionar novas utilizações para a Base das Lajes, na ilha Terceira.
Para Berto Messias, é “muito significativo que a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América pretenda que a Secretaria de Defesa daquele país produza, até março de 2016, um relatório sobre as valências da Base das Lajes, uma exigência que faz parte do Orçamento das Forças Armadas norte-americanas”.
“O Orçamento das Forças Armadas dos EUA estipula ainda que não devem ser feitos investimentos na construção do Centro de Análise Conjunta de Informações, na Base Aérea de Croughton, no Reino Unido, até que a Secretaria de Defesa avalie se esta permanece uma localização ótima”.
O líder parlamentar realçou que o “que está em causa agora é uma negociação entre a Câmara dos Representantes e o Senado, sendo que esta última instituição terá de aprovar o documento”.
Para Berto Messias, é “assinalável que a Base das Lajes permaneça em foco e seja solicitada uma análise concreta por parte do Departamento de Defesa dos EUA quanto à possibilidade de acolher o Centro de Análise Conjunta de Informações (JAIC, na sigla em inglês), ou parte dele, não autorizando simultaneamente que a construção da 2ª fase do mesmo seja prosseguida no Reino Unido”.
O líder parlamentar do PS assinalou que se trata de “mais um resultado do grande esforço diplomático desenvolvido pelo Presidente do Governo dos Açores e da diplomacia portuguesa nos Estados Unidos, que desde a primeira hora das primeiras notícias sobre o downsizing na Base das Lajes desenvolveu um esforço de contactos sem precedentes com as autoridades norte-americanas e com os descendentes de açorianos com responsabilidades políticas no Senado e na Câmara dos Representantes.
O que está em causa, explicou Berto Messias, é “uma avaliação da hipóteses de as Lajes receberem, para além de componentes do JAIC, forças aéreas ou navais em rotação”.
“Continuamos empenhados em trabalhar para que a Base das Lajes continue a ser um polo de emprego e de dinamização económica local e este é mais um importante contributo para isso, como forma de encontrar novas valências e novas utilizações para esta base, mitigando os impactos económicos e sociais da redução de trabalhadores portugueses em curso. Muito foi feito; se não existiram despedimentos e têm sido celebradas rescisões de mútuo acordo com reformas garantidas e indemnizações, isso deve-se em primeira instância ao trabalho, muitas vezes discreto e reservado, do Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro”, sublinhou o líder parlamentar do PS, Berto Messias.