PS/Açores exige determinação do Ministro dos Negócios Estrangeiros numa solução para a ilha Terceira

PS Açores - 3 de março, 2016
Os deputados do PS/Açores, na Assembleia da República, apresentaram ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, as suas preocupações em relação aos Açorianos da ilha Terceira, num dia considerado “determinante para os Açores e para o futuro da Base das Lajes”. Durante a audição com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS começou por salientar que “a qualquer momento será entregue o relatório do Departamento da Defesa dos EUA, que apresentará as possibilidades de novos usos da Base das Lajes”. Lara Martinho lembrou também as palavras de Vasco Cordeiro: “esta é a última oportunidade para uma boa saída daquela infraestrutura militar” para lançar a pergunta ao ministro: “o que vai fazer o Governo da República no que diz respeito às Negociações com os EUA para que estes assumam as suas responsabilidades através de um Programa Estrutural de Apoio à Ilha Terceira?”. Entre as várias preocupações da deputada socialista está também a reconversão e limpeza ambiental de infraestruturas e terrenos construídos e ocupados pelos EUA que se encontram contaminados. A eliminação dos constrangimentos de utilização civil do aeroporto, a atração de novas valências para a Base das Lajes e a dinamização das instalações portuárias do Porto da Praia da Vitória são outras questões para as quais os deputados do PS/Açores na República querem soluções. “Determinação na ação da República” é o que pedem os deputados socialistas para revitalizar economia da Ilha Terceira. De acordo com Lara Martinho, Portugal tem de exigir aos EUA que assumam as suas responsabilidades perante os Açores, perante a Terceira. Na sua resposta, o Ministro dos Negócios Estrangeiros considerou que o Plano de Revitalização Económico da Ilha Terceira (PREIT) “tem que ser desenvolvido respeitando a autonomia regional”, frisando que “é um plano que empenha o país como um todo”. Augusto Santos Silva vincou a sua determinação: “não direi nada, nem tomarei nenhum gesto que signifique diminuir a pressão para que a boa perceção do valor estratégico da Base das Lajes seja compreendida nos Estados Unidos”, finalizando que “essa é uma responsabilidade minha e eu não declino essa responsabilidade”.