Em resposta às declarações do Presidente da Câmara da Ribeira Grande aquando da apresentação do “novo” espaço para cozidos na zona das Caldeiras, entende a concelhia do Partido Socialista da Ribeira Grande afirmar que o concelho tem sido um foco amplo e incessante de investimento do Governo Regional.
É incorreto e até insultuoso que se insinue que o Governo Regional “virou costas” à Ribeira Grande quando, por exemplo, se investiu fortemente em infraestruturas essenciais para o concelho, tais como o Porto de Pescas de Rabo de Peixe, com um investimento superior a 16 milhões de euros. Quando muito se investiu na Agricultura, nomeadamente na reabilitação de caminhos rurais essenciais de que são exemplos os Caminhos do Moio (na Lomba de São Pedro), do João Nateiro (na Lombinha da Maia) e da Mina (na Matriz), que em breve serão inaugurados.
Esquece-se o autarca da Ribeira Grande do enorme investimento que foi feito no Reservatório de Água das Contendas, no Reservatório do Caminho da Madeira Velha e na empreitada do Caminho da Eirinha, bem como no intenso labor de eletrificação das explorações agrícolas da Ribeira Grande, que em muito vêm beneficiar a atividade dos nossos agricultores.
A nível social, o edil da Ribeira Grande descura as imensas obras feitas em prol dos ribeira-grandenses mais fragilizados, como a criação do centro de apoio ao idoso da Santa Casa da Misericórdia do Divino Espírito Santo da Maia, a Creche da C.A.S.A. Bernardo Manuel Silveira Estrela, a Creche da Casa do Povo da Maia e a construção do Lar de Idosos Manuel de Almeida Moniz, no Pico da Pedra, que ascendem a mais de seis milhões e meio de euros. Parece ainda esquecer-se da construção do Centro de Dia e Ludoteca da Casa do Povo da Maia, cuja obra está em curso ou da construção do CAO daquela freguesia, que se encontra a aguardar o licenciamento de especialidades da Câmara Municipal que o próprio dirige, para que possa ser iniciada. Esquece-se que uma nova Escola Básica Gaspar Frutuoso está na sua fase final, respondendo a um anseio e a uma necessidade premente e essencial dos ribeira-grandenses. Esquece-se do importantíssimo equipamento cultural que é o Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, projeto já por diversas vezes galardoado, que veio enriquecer o concelho – porque nem só de festas se faz a Cultura.
Alexandre Gaudêncio teve, no seu súbito e conveniente surto de amnésia, um veículo eleitoralista. Não é menorizando, desprezando nem reconhecendo os avultados investimentos que, de forma cuidadosa e dedicada foram feitos no nosso concelho, que se faz política de forma séria. O Presidente da Câmara da Ribeira Grande escuda-se atrás de um auto-imposto isolamento gerado pela sua completa falta de capacidade de criar investimentos estruturantes para o concelho, como foram conseguidos nos anteriores mandatos do Partido Socialista.
O autarca esquece-se, por completo, do investimento que ainda hoje está a ser realizado na rede viária da freguesia da Ribeirinha, não obstante as severas imposições da União Europeia no que respeita a intervenções nas redes viárias e que afetaram igualmente a reabilitação do Caminho das Caldeiras, de que Gaudêncio vem reclamar.
As suas declarações, sem fundamento nem lógica, são uma representação do seu eleitoralismo empedernido e ao qual não consegue resistir em época de eleições, devendo, antes de mais, ponderar melhor os montantes que gasta em eventos em detrimento de obras verdadeiramente estruturantes como o caminho de acesso da Tondela ao centro da cidade, a requalificação da Avenida da Paz no Pico da Pedra (que uma vez mais foi adiada) ou a continuação da obra do Passeio Atlântico, devendo igualmente questionar-se por que motivo investe muito mais numas freguesias e não noutras.