O líder parlamentar do Partido Socialista afirmou, esta sexta-feira, que o Programa do Governo agora aprovado baseia-se no compromisso que existe com os Açorianos, privilegiando “a confiança e esperança no futuro, sempre com as pessoas e as suas condições de vida no centro das prioridades da ação política”.
André Bradford intervinha, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, no fim do debate sobre o documento apresentado pelo executivo socialista.
“Depois de um período de intensos desafios, colocados por uma crise financeira e económica com origem externa à Região mas com impactos muito concretos também entre nós, em que foi necessário recorrermos a todas as nossas competências, recursos e energias, para, em estreita parceria com os Açorianos, colocarmos os Açores num trajeto de recuperação, cumpre-nos agora dar sustentação a esse esforço, respondendo aos desafios que entretanto se foram colocando, ou tornando mais prementes, desde logo na área da empregabilidade dos Açorianos, mas também ao nível das políticas sociais, com uma forte atenção ao combate a fenómenos de pobreza e de exclusão social”, explicou o líder parlamentar.
No início de uma nova legislatura, André Bradford deixou claro a disponibilidade do Partido Socialista em ser “responsável e cooperante, mas também coerente com os compromissos que assumiu, vigilante na execução das suas políticas e com iniciativa própria”.“Temos consciência de que a uma maioria parlamentar absoluta corresponde sempre o dever absoluto de procurar consensos, de lançar pontes e de promover um regular e frutuoso diálogo democrático”, adiantou André Bradford.
Sobre as propostas patentes no Programa do Governo, o deputado salienta que são medidas que querem “responder aos tempos e à sua evolução e, sobretudo, aos Açorianos e aos seus anseios individuais e coletivos”, em áreas tão amplas que vão desde as atividades económicas e a educação até ao emprego, ao turismo, ao mar e à natureza, entre outras.
Numa perspetiva de futuro, André Bradford voltou a frisar a necessidade de olhar para a abstenção que se verifica na Região, anunciando que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista irá “promover uma análise rigorosa à abstenção técnica e às suas causas e, por outro lado, avançar decididamente no sentido de alargar as possibilidades de interação consequente dos cidadãos não filiados em partidos com o sistema”.
“A Autonomia, sem o envolvimento e a participação do Povo Açoriano, é uma Autonomia formal, sem alma, vivida em circuito fechado, afastada do quotidiano dos seus destinatários e principais credores da sua eficácia – os Açorianos. Esta é, pois, uma das matérias que só nos pode aproximar e que só poderá ser devidamente resolvida se nos livrarmos, pelo menos neste assunto, das nossas agendas partidárias e dos nossos interesses políticos do momento, em prol de uma verdadeira Agenda Açoriana para a Autonomia”, concluiu André Bradford.