O Grupo Parlamentar do Partido Socialista reafirmou, na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, o seu objetivo de continuar a defender a valorização do pescado açoriano, assegurando ao mesmo tempo um aumento de rendimentos de todos os profissionais do setor. A posição foi defendida pelo deputado José Ávila, esta quinta-feira, na cidade da Horta, recordando a importância das épocas de defeso.
“As paragens de pescarias destas espécies, como é o caso do goraz, tiveram sempre o intuito de valorizar o pescado e criar mais rendimento para os pescadores”, afirmou o parlamentar, acrescentando que no futuro o trabalho tem de ser feito no sentido de “ganhar mais, pescando, pelo menos, o mesmo”.
“O problema da escassez de pescado não se resolve apenas com compensações financeiras, mas antes com políticas de valorização do produto, diversificação de pescarias e criação de outro tipo de rendimento, através de mecanismos já existentes. Acompanhado de medidas de redução de embarcações e, consequentemente, de pescadores”, defendeu o deputado.
Também a propósito da nova proposta do Governo dos Açores, de repartição e gestão da quota do goraz para os anos de 2017 e 2018, o deputado socialista Mário Tomé considerou que o consenso criado à volta do mesmo é fundamental para o setor.
“A proposta de repartição da quota do goraz por um modelo de gestão trimestral irá permitir uma melhor gestão pesqueira, deixando de existir um período de paragem do goraz, o que implica um fornecimento contínuo do mercado e, consequentemente, um maior rendimento financeiro para os pescadores”, explicou Mário Tomé.
Segundo o parlamentar, “uma melhor gestão pesqueira desta valiosa espécie, deve potenciar mais rendimentos ao setor da Pesca”.
“Todos nós sabemos que os recursos piscícolas são finitos. Uma exploração desajustada, compromete a sustentabilidade do sector, comprovando-se que os nossos pescadores e armadores podem pescar o mesmo e vender melhor, contribuindo assim para uma pesca sustentável e amiga do ambiente, preservando os recursos para as gerações vindouras”, concluiu Mário Tomé.