O Grupo Parlamentar valorizou, esta terça-feira, o “património” do Partido Socialista no que diz respeito ao apoio social, lembrando as contradições em que cai o PSD ao propor, ao mesmo tempo, aumento de pensões e cortes em prestações sociais. A posição foi defendida na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores durante a discussão do Plano e Orçamento para 2017.
“Se há caminho que nos deve orgulhar a todos nós é o caminho que tem sido feito nesta matéria de solidariedade social. São creches, ATL’s, apoio a idosos, centros de dia, centros de noite, lares, apoios a sem-abrigo, apoios às vítimas, serviços de apoio ao domicílio, CAO´s, centro intergeracionais, cuidados continuados. Uma rede de equipamentos cada vez mais abrangente, cada vez mais diferenciada, encontrando a regra para responder a cada especificidade”, defendeu Renata Correia Botelho.
A deputada clarificou que “nunca ao Partido Socialista interessou proceder a reduções administrativas do RSI, nos Açores, para que a cada açoriano, que em algum momento da sua vida atravessando alguma dificuldade precise de usufruir deste subsídio, seja conferido este apoio com toda a dignidade”. Renata Correia Botelho sublinhou, ainda, que as “alterações legislativas nacionais, recentes, de alguma maneira vieram dar razão a esta opção regional de nunca proceder, por via administrativa, a redução absolutamente fictícia”.
Ainda sobre a temática da solidariedade social, a vice-presidente do Grupo Parlamentar Isabel Quinto destacou o esforço que tem sido feito ao nível de valências sociais que passaram, nos últimos 16 anos, de 375 para 707. “Igualmente expressivos são os números que dizem respeito à capacidade de atendimento que passou de 15 mil para mais de 35 mil utentes”, acrescentou.
“Revela-se, por isso, imperioso em 2017, dar continuidade ao trabalho desenvolvido, uma vez que, o estado social nos Açores é um exemplo de boa governação. Além do apoio às crianças, aos jovens e aos idosos, os Governos do Partido Socialista sempre deram e irão dar respostas a tantas outras problemáticas criando uma rede cada vez mais alargada e diversificada ao nível das respostas sociais”, afirmou Isabel Quinto.
Também a deputada Graça Silva evidenciou as diferenças partidárias: “Enquanto que o PSD, no Governo na República, congela e corta pensões, na oposição apresenta medidas avulso, de aumento das pensões, anunciando previamente que votará contra elas. O Partido Socialista apresenta medidas de forma conjugada e articulada que provoca um verdadeiro impacto no dia a dia das pessoas”.
Para Graça Silva, é ainda necessário explicar como quer o “PSD conciliar a sua proposta de aumento das pensões em 10% com o seu apoio ao corte dessas prestações devido à redução de impostos”.