O Plano Anual para 2017 defende a pesca e a ciência nos Açores, de acordo com o Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Se por um lado, as medidas passam por garantir a compatibilidade da sustentabilidade do setor piscatório com um rendimento digno dos pescadores, por outro lado temos o conhecimento científico “no cerne das soluções”.
“O enquadramento da atividade pesqueira passa por estabelecer pescarias responsáveis e equilibradas, que garantam a sustentabilidade dos recursos, associando o ajustamento da frota e dos recursos humanos às disponibilidades dos recursos naturais e apostando na formação profissional”, afirmou Mário Tomé esta quarta-feira, no plenário reunido na cidade da Horta.
Para o deputado socialista, merece destaque a aposta que é feita no Plano na aquacultura, que no seu entender deve ser vista como um “complemento à atividade extrativa da pesca e dos seus profissionais”.
“É necessário envolver todos os atores da fileira da pesca, permitindo que os ganhos provenientes desta atividade sejam distribuídos de forma equitativa, para que os nossos pescadores usufruam de mais rendimento”, acrescentou o parlamentar.
Ainda sobre a temática da pesca, o vice-presidente da bancada socialista, José Ávila, reconheceu os constrangimentos que o setor tem enfrentado mas lembrou o caminho desenvolvido pelo Governo dos Açores “em busca de soluções” e mais rendimento para os profissionais do setor.
“Foram tomadas medidas para precaver a abundância, nomeadamente a criação de áreas marinhas protegidas e redefinidos os tamanhos mínimos para algumas espécies. Tem aumentado as ações inspetivas da Inspeção Regional das Pescas cobrindo todas as ilhas dos Açores. O alargamento de zonas interditas ao uso do palangre de fundo ao redor das ilhas é também uma medida importante na luta pela preservação dos recursos. Estão também em curso outras medidas que visam aumentar o preço médio, como a introdução de mais compradores, alternativas à primeira venda, valorização de outras espécies comercialmente menos atrativas e a procura de novos mercados”, enumerou José Ávila.
Já no que diz respeito à política de ciência, segundo o deputado José Contente, esta está “bem defendida e com sentido de futuro para o valor do conhecimento no mundo atual”.
José Contente considera que as políticas “direcionam-se para a melhoria da qualidade de vida dos Açores e no aumento do seu nível educacional e cultural, na promoção do meio ambiente e dos recursos naturais, a criação de novas oportunidades de emprego, a qualificação dos recursos humanos, o aumento da competitividade económica e a redução dos desequilíbrios regionais”.
“Hoje, a nossa comunidade científica está no centro dos problemas mas também no cerne das soluções e depara-se com fortes desafios de responsabilidade social e trabalho colaborativo, vicariantes, onde radica a chave do sucesso do nosso desenvolvimento”, concluiu José Contente.