A importância de haver canais eficazes e bem articulados entre as diversas instituições que promovem os direitos de proteção da criança foi uma das ideias defendidas, esta quinta-feira à noite, na Conferência “A Criança – Desafios de Futuro”, que decorreu na Casa Manuel de Arriaga, na cidade da Horta, promovida pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista.
A conferência que contou com a presença da Presidente do Comissariado dos Açores para a Infância, Isabel Rodrigues, insere-se no Roteiro da Criança, desenvolvido pelas deputadas socialistas eleitas pela ilha do Faial: “Após a realização de mais de uma dezena de reuniões, consideramos que olhar os problemas da criança é olhar os problemas da família em que se insere. Assim, melhorar a vida das crianças é também melhorar a vida da sua família. Neste contexto, a aposta na educação parental, que tem sido desenvolvida também aqui no Faial, deve manter-se e monitorizar-se”, salientou a deputada Isabel Correia que apresentou as conclusões do Roteiro.
De acordo com a deputada socialista, ao nível de equipamentos e oferta existentes para a infância tem-se efetuado um percurso positivo na ilha do Faial e, como exemplo mais recente, refere a criação de um ATL inclusivo, uma área que considera ser necessário acompanhamento por parte dos decisores políticos: “Esta área, a das crianças com necessidades educativas especiais, é sem dúvida uma das vertentes que devemos ter em atenção e que exige de todos uma maior preocupação no sentido de garantir respostas para todos, mas que sejam, ao mesmo tempo, adequadas a cada um”, afirmou.
Isabel Correia explicou ainda que a opção por iniciar o novo mandato com um Roteiro da Criança demonstra claramente que a primeira preocupação do Partido Socialista é para com as pessoas: “A ação a desenvolver deve ser sempre a de colocar os Açorianos, e neste caso em particular os Faialenses, em primeiro lugar no centro da nossa agenda”, disse, acrescentando que o Grupo Parlamentar “foca-se nas pessoas e em particular naqueles que estão em idade infantil e que muitas vezes são os mais desprotegidos e vulneráveis”.
“Reconhecemos que nem tudo está feito, e não nos podemos esconder atrás da realidade. Enquanto houver crianças expostas a situações que, em nada defendem e salvaguardam os seus interesses, o nosso papel, enquanto sociedade civil, enquanto pais, enquanto avós, enquanto família, é a de continuar a trabalhar no sentido de encontrar soluções para que o futuro seja melhor e que o sorriso continue no rosto destas crianças. Temos esse dever”, concluiu Isabel Correia.