Boa capacidade de execução tem de ter “expressão prática” nas negociações dos próximos fundos comunitários, afirma Vasco Cordeiro

PS Açores - 6 de dezembro, 2019
O Presidente do Governo afirmou hoje, em Ponta Delgada, que a boa capacidade de execução dos fundos comunitários na Região tem de ter “expressão prática” nas negociações do próximo quadro financeiro plurianual para o período pós 2020, um “desafio que deve mobilizar todos” para que seja possível alcançar este objetivo. “O histórico da Região como boa executora dos fundos comunitários, o reconhecimento por parte da Comissão Europeia quanto à boa capacidade da economia regional de executar estes fundos, é algo que tem de ter uma tradução prática”, salientou Vasco Cordeiro, que falava na apresentação da revista da Açormedia '100 Maiores Empresas dos Açores – 2018'. Depois de recordar que este processo negocial vai decorrer agora de forma mais rápida, uma vez que a nova Comissão Europeia já entrou em funções, o Presidente do Governo adiantou que o momento para os argumentos da Região terem essa tradução prática será na altura em que forem decididas as verbas a alocar ao desenvolvimento regional e, em particular, a uma região ultraperiférica como os Açores. “Este é um desafio que deve nos mobilizar a todos, naquilo que tem a ver com a demonstração do contributo positivo que a utilização dos fundos comunitários traz para a nossa economia e para o nosso desenvolvimento”, sublinhou Vasco Cordeiro, para quem é também em resultado desta parceria que se pode alcançar um bom resultado neste processo. Na sua intervenção, o Presidente do Governo salientou que outro desafio da Região tem a ver com a qualificação dos recursos humanos e dos serviços, de forma a “permitir que, cada vez mais, se possa, do ponto de vista da competitividade da economia, ter argumentos sólidos para esse desenvolvimento”. “Em 2020, vamos duplicar o investimento público em termos de qualificação de ativos, passando para cerca de três milhões de euros, com a expectativa de que, no final deste ano, mais de 12 mil Açorianos já empregados tenham um reforço das suas qualificações”, destacou. No que se refere ao Turismo, Vasco Cordeiro realçou, por outro lado, a necessidade de se ter sempre uma “atitude crítica e exigente” quanto às áreas que apresentam ainda margem de progressão, defendendo que a recente certificação internacional dos Açores como destino sustentável tem um valor económico que tem de ser transformado em rendimento para a Região. Nesta ocasião, o Presidente do Governo sublinhou ainda o trajeto que a economia regional efetuou nos últimos anos, apontando o caso da evolução do desemprego, cuja taxa baixou de 17 por cento, em 2014, para 7,3 por cento, no terceiro trimestre deste ano. “Esse é um trajeto que, bem para além dos números, constitui um dado que é bastante significativo quanto aquilo que foi – e é – a capacidade da economia regional de criar emprego”, afirmou. No que se refere ao Quadro Comunitário de Apoio em vigor, o Presidente do Governo destacou que a execução do Programa Operacional Açores 2020 é superior à taxa média nacional em 30 por cento, o que é “particularmente significativo porque tem a ver com a economia regional e a sua capacidade de aproveitar estas oportunidades de investimento”. Vasco Cordeiro sublinhou, também, os mais de 535 milhões de euros de investimento privado candidatado ao sistema de incentivos Competir+, que terá repercussões na criação de cerca de 3.000 novos postos de trabalho, através de projetos que se aproximam já dos 1.300. Além disso, nos últimos cinco anos, o Turismo deu bem nota da evolução da economia regional, uma vez que a Região mais do que duplicou o número de dormidas neste período de tempo, um trajeto significativo que se refletiu na riqueza criada por este setor, sustentou o Presidente do Governo. GaCS/PC