“Este PSD está decididamente numa fase de desencontros. Num dia dramaticamente defende a redução das listas de espera para cirurgia, no outro insinua e tenta, com isso, desacreditar instituições e se possível quem já as representou, no outro dia rebusca normativos e acusa de ilegal tudo o que se fez para resolver o problema das pessoas, aquelas pessoas que esperam mais do que o tempo máximo de resposta garantido para serem operadas”, afirmou Dionísio Faria e Maia, esta quarta-feira, durante o debate em Plenário.
O deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores, considera que “O PSD não quer fazer parte da resolução dos problemas em saúde dos Açorianos e das Açorianas” e que até parece preocupado em que se “encontrem soluções para as pessoas”.
Sobre o número de pessoas em lista de espera para cirurgias, o parlamentar esclareceu que o aumento registado resulta do facto de se terem garantido mais consultas: “Aumentaram para cerca de um milhão as consultas efetuadas. O que inferimos é que temos mais respostas na saúde, fazemos mais diagnósticos, atribuímos com mais facilidade graus de prioridade e operamos mais os que estão dentro destes critérios de prioridade”.
Para Dionísio Faria e Maia é inegável que hoje em dia, “salvamos mais pessoas, acrescentamos mais anos de vida e sinalizamos mais condições que, agora neste século, têm também soluções interventivas mais eficazes e mais seguras. Sejam plásticas reconstrutivas, sejam de intervenção endoscópica, sejam de microcirurgias, sejam endovasculares, sejam até de transplantação de órgãos e tecidos”.
Nesse sentido, o deputado socialista considera que “se o PSD estivesse interessado na resolução destes problemas devia, sim, congratular-se sempre que fosse somente mais um Açoriano e uma Açoriana a ter o seu problema resolvido. A insinuação continua. A vontade de desacreditar o Sistema Regional de Saúde e as instituições que o representam. Continua o desencontro deste PSD com a dinâmica de resolução de problemas sociais”.