Desemprego mais baixo dos últimos nove anos nos Açores

PS Açores - 21 de janeiro, 2020
O Vice-Presidente do Governo afirmou, em Angra do Heroísmo, que os dados hoje publicados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional “demonstram que o desemprego tem diminuído de forma consistente nos Açores”. Sérgio Ávila falava na apresentação do balanço do mercado de emprego dos Açores em 2019, com base nos dados finais do Instituto de Emprego e Formação Profissional, correspondentes à evolução do desemprego no país e, consequentemente, na Região. “De acordo com os dados hoje divulgados, o número de desempregados inscritos nos Açores é de 6.982, o que representa o menor número de desemprego registado nos últimos nove anos”, anunciou, acrescentando que esta evolução representa, face ao ano anterior, “uma redução de 9,3% de desemprego nos Açores, isto é, menos 715 Açorianos desempregados”.  Em relação ao início desta legislatura, no conjunto dos últimos três anos, “verifica-se uma redução de 27% dos empregados inscritos, ou seja, menos 2.629 desempregados”, acrescentou o Vice-Presidente. “Se quisermos fazer uma evolução de um período ainda mais longo, verificamos que, em média, nos últimos sete anos, se registou anualmente uma redução de cerca de 1.000 Açorianos desempregados inscritos, o que demonstra uma redução consistente e estrutural do desemprego nos Açores”, frisou. De acordo com o governante, ainda segundo estes dados, o desemprego reduziu todos os meses no último ano, significando que o desemprego não tem reduzido em função de uma sazonalidade, mas “tem conseguido baixar de mês para mês, demonstrando que a redução de desemprego é estrutural e não assenta em variações de sazonalidade”. Sérgio Ávila destacou ainda o “grande esforço” que foi feito para assegurar a igualdade de género. “Neste momento, o número de desempregados homens e mulheres é sensivelmente o mesmo, sendo 3.516 homens e 3.466 mulheres, quando há seis anos atrás havia mais 2.100 homens desempregados do que mulheres, o que fez com que, ao reduzir em cerca de 40% o desemprego nos homens e nas mulheres, tenhamos conseguido hoje um equilíbrio efetivo entre géneros no desemprego”. Atualmente, segundo Sérgio Ávila, o mercado de trabalho nos Açores é também equilibrado entre homens e mulheres, tendo-se registado um aumento muito significativo da taxa de atividade feminina e, por essa via, do esforço para a integração das mulheres no mercado de trabalho. O responsável pela pasta do Emprego e da Competitividade Empresarial afirmou que esta redução do desemprego “assenta essencialmente no aumento significativo de novos postos de trabalho”. “Só no âmbito do trabalho das agências de emprego, nos últimos três anos, foram correspondidas 1.700 ofertas de emprego, três vezes mais do que se verificava no período de 2012 a 2013”, revelou, acrescentando que “no último ano foram colocados, das agências de emprego, 1.775 Açorianos no mercado de trabalho”. Relativamente a programas do Executivo, Sérgio Ávila salientou que atualmente há menos 3.364 Açorianos em programas ocupacionais ou programas de emprego do que em 2016. “Nos últimos três anos, reduziu-se para metade o número de Açorianos ocupados e, por outro lado, essa redução foi acompanhada pela redução simultânea do desemprego”, afirmou. “Se compararmos os últimos três anos, temos menos 3.364 Açorianos em programas ocupacionais e temos menos 2.629 Açorianos desempregados”, acrescentou. O Vice-Presidente frisou que, “ao contrário do que se tentou demonstrar no passado, há uma redução bastante significativa do desemprego, ao mesmo tempo que há uma redução igualmente significativa no número de Açorianos ocupados”. Para a conjugação dos dois aspetos, “só nos últimos três anos, foram criados 5.993 novos postos de trabalho, que permitiram absorver quem estava desempregado e quem tinha estado em programas ocupacionais”. O governante considerou que este resultado se torna possível através das medidas de apoio ao emprego promovidas pelo Governo dos Açores. “Neste período entre 2016 e 2019, o Governo reorientou essas medidas de apoio ao emprego, reforçou claramente as medidas de apoio à contratação por parte das empresas, passando as medidas de três para sete, reduzindo as medidas de apoio socioprofissional de seis para quatro e reforçando as politicas de estágios”, referiu. “Se o desemprego baixou, obviamente que o emprego também cresceu, mas o crescimento do emprego foi muito para além da redução do desemprego, pois tem havido um aumento significativo da população ativa”, evidenciou Sérgio Ávila, revelando que, de acordo com os dados revelados pelo INE, “hoje há mais 8.442 Açorianos empregados do que no início desta legislatura”. “O aumento da empregabilidade faz-se também através das medidas que foram disponibilizadas pelo Governo dos Açores”, salientou. Uma demonstração eficaz desse aumento, acrescentou Sérgio Ávila, tem a ver com um dado que considerou muito importante, ou seja, a taxa de empregabilidade das pessoas, seis meses após o término das medidas de apoio ao emprego. Segundo explicou, essa taxa de empregabilidade aumentou substancialmente nos últimos três anos. Por exemplo, em relação aos jovens que estavam em estágio em 2016, 47% desses jovens estavam empregados após o término do estágio.  "No final de 2018, passou para 83%, o que significa que quatro em cada cinco jovens que terminaram os estágios estavam empregados seis meses após a sua conclusão”, afirmou.  Nas áreas do apoio à contratação e das medidas de contratação por parte das empresas, acrescentou, 65% estavam empregados seis meses após essa medida. “Hoje, são também 83%”, frisou Sérgio Ávila. O Vice-Presidente disse que, também nos programas socioocupacionais, mais de 15% das pessoas estavam empregadas após a conclusão desses programas em 2016 e que hoje representam 70%, “o que demonstra bem a eficácia dessas medidas e a forma de como os programas ocupacionais contribuíram, e muito, para que essas pessoas voltassem ao mercado de trabalho”. Sérgio Ávila referiu que, nos últimos três anos, estes resultados de aumento do emprego e redução de desemprego assentaram muito em medidas que o Governo aplicou, quer de apoio às empresas ou de apoio à contratação, representando um total de 23.395 Açorianos colocados no mercado de trabalho. “A conclusão que tiramos hoje é que conseguimos conciliar políticas de promoção de emprego, estimulando o emprego e a contratação por parte das empresas, apoiamos, quando necessário, as pessoas que estavam mais frágeis a retomarem o mercado de trabalho, integramos os jovens que tinham um primeiro contacto com o mercado de trabalho e que, da conjugação deste esforço, hoje temos muito mais Açorianos empregados, menos Açorianos desempregados e muito menos Açorianos a beneficiar de programas ocupacionais”, afirmou Sérgio Ávila. GaCS/AIC