Classificação da Igreja do Carmo como imóvel de interesse público é importante contributo para a salvaguarda daquele património

PS Açores - 13 de fevereiro, 2020
“O Grupo Parlamentar do PS Açores entende que a classificação da Igreja do Carmo como imóvel de interesse público poderá ser mais um importante contributo, quer para a imortalização da sua história quer para potenciar ainda mais a sua restauração e requalificação de toda a envolvente”, adiantou Tiago Branco, esta quinta-feira durante o debate em Plenário, realçando que esta “classificação permitirá à Igreja do Carmo ser apoiada financeiramente pela Direção Regional da Cultura”. O deputado do PS/Açores eleito pela ilha do Faial recordou que “apesar de muito ter sido feito, ao longo dos anos, através de parcerias entre a Ordem Terceira do Carmo, proprietária do imóvel, o Governo Regional, a Câmara Municipal da Horta e outras entidades e pessoas colaborantes – o que permitiu a sua abertura ao culto, 22 anos depois do seu encerramento, em condições de segurança necessárias à sua prática -, o que é facto é que a sua recuperação não se encontra concluída”. Tiago Branco saudou “a Ordem Terceira do Carmo” e “o apoio voluntário de muitos faialenses”, pelo “trabalho excecional” que tem sido realizado com vista à “total recuperação daquele templo e a sua devolução à cidade”. Como recordou, junto à própria Igreja, fica o Convento do Carmo que, depois de ter sido “deixado ao abandono pelo Estado”, foi em 2016, através de uma “solução preconizada pelo Governo da República do Partido Socialista, integrado no programa REVIVE”, permitindo a curto prazo a sua reconversão num hotel de 5 estrelas. O Parlamentar realça que agora, com a classificação do imóvel, é possível obter mais apoios financeiros por parte do Governo dos Açores e, “numa união de esforços entre entidades públicas e privadas”, garantir a “preservação do património coletivo”, como está a ser feito com outro património religioso da ilha do Faial, “concretamente na reconstrução das igrejas afetadas pelo sismo de 1998, onde o Governo Regional, através de um protocolo celebrado com a Diocese de Angra no valor de 8,6 milhões de euros, tem assegurado 75% do financiamento, tendo sido já reerguidas as novas igrejas dos Flamengos e do Salão, seguindo-se as igrejas de Pedro Miguel e Ribeirinha”.