O Presidente do Governo considerou hoje que a Política de Coesão deve ser reforçada no período 2021-2027, tendo em conta que a crise provocada pela pandemia da COVID-19 resultará num “fardo muito pesado” ao nível económico e social para os cidadãos europeus.
O próximo orçamento comunitário “deve apoiar investimentos públicos e de proteção social, porque esta crise não é apenas económica, tem um fardo muito pesado em termos sociais”, afirmou Vasco Cordeiro, que participou num fórum, por videoconferência, sobre a resposta da União Europeia à situação provocada pela pandemia da COVID-19 nas regiões europeias, que contou também com a presença de Elisa Ferreira, Comissária Europeia da Coesão e Reformas.
Nesta iniciativa do Comité das Regiões para assinalar o Dia da Europa, o Presidente do Governo afirmou ser importante que esta “crise não paralise a Europa”, ao defender que, numa altura decisiva em termos de definição do próximo orçamento comunitário, é cada vez mais evidente a importância da Política de Coesão para a recuperação desta situação de emergência.
Nesse sentido, Vasco Cordeiro, que é também Primeiro Vice-Presidente do Comité das Regiões, preconizou que a Política de Coesão para os próximos sete anos deve ser dotada dos meios financeiros adequados às novas circunstâncias, recursos que devem ser, pelo menos, um terço do próximo quadro financeiro plurianual.
“Acreditamos na Política de Coesão porque vemos o seu valor reforçado no terreno no apoio aos nossos cidadãos”, assegurou Vasco Cordeiro, ao salientar que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus está a obrigar a um grande esforço das autoridades regionais por toda a Europa no sentido de garantirem a resposta adequada em termos de saúde pública, mas também ao nível económico e social.
“Precisamos de um orçamento de longo prazo, que esteja à altura da tarefa para os próximos sete difíceis anos”, frisou Vasco Cordeiro.
Já no painel sobre a Democracia na Europa, em que participou a Vice-Presidente da Comissão Europeia, Dubravka Šuica, o Presidente do Governo sublinhou que esta crise veio provar, por outro lado, que a União Europeia e os Estados-Membros “podem contar com os representantes locais e regionais na adoção de medidas fortes e ousadas, quando as circunstâncias assim o exigem”.
“Na prática, são cerca de um milhão de políticos eleitos a nível regional e local em toda a Europa que trabalham para garantir as respostas aos seus cidadãos e às suas comunidades. Essa experiência e esse conhecimento deve ser aproveitado”, afirmou Vasco Cordeiro.
Recorde-se que, em fevereiro, o Presidente do Governo foi eleito Primeiro Vice-Presidente do Comité das Regiões, no âmbito de um acordo entre todos os grupos políticos que estipula que Vasco Cordeiro assuma a presidência deste organismo europeu dentro de cerca de dois anos e meio.
GaCS/PC