O Presidente do Governo afirmou hoje que a Região está envolvida “em várias batalhas decisivas” em simultâneo, no âmbito do combate à pandemia da COVID-19, salientando que a proteção da saúde dos Açorianos e a defesa do emprego e da economia estão interligadas entre si.
“Não estamos a falar de situações estanques. Não podemos cometer o erro de considerar que, vencida a batalha da saúde pública, então passaremos à batalha da economia. Elas influenciam-se mutuamente e interligam-se”, frisou Vasco Cordeiro, que falava no plenário da Assembleia Legislativa, que está a decorrer por videoconferência.
Segundo o Presidente do Governo, a forma como a Região conseguir sair da “batalha pela proteção da saúde dos Açorianos vai influenciar decisivamente” a forma como a atividade económica recuperará, apontando o Turismo como um dos setores onde esta interligação será mais evidente.
“Todos os dias surgem dados objetivos, de fontes independentes, que permitem a qualquer pessoa ajuizar a forma como, nos Açores, nós estamos a combater e que resultados estamos a alcançar neste combate”, referiu Vasco Cordeiro.
Neste debate parlamentar, o Presidente do Governo sublinhou, por outro lado, a importância da Autonomia Regional na forma como a Região tem lidado com os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus.
Na sua intervenção, destacou a importância do trabalho desenvolvido por um conjunto vasto de profissionais das mais diversas áreas, como os agricultores e pescadores, os funcionários das instituições de solidariedade social e os funcionários da administração regional e local, entre outros.
“Gostaria de fazer uma referência especial ao Serviço Regional de Saúde. Nós não temos um Serviço Regional de Saúde perfeito, mas temos, seguramente, um Serviço Regional de Saúde que é motivo de orgulho para os Açorianos”, afirmou Vasco Cordeiro.
Segundo disse, é importante que não se caia no erro de “passar do oito para o oitenta” na apreciação que é feita ao Serviço Regional de Saúde, tecendo-lhe agora “loas, quando, há cerca de três ou quatro meses, era considerado motivo de desgraça para os Açores e para os Açorianos”.
“Mantenho hoje a apreciação que tinha no passado: não sendo um Serviço Regional de Saúde perfeito, não estando isento de carências, é um motivo de orgulho para os Açorianos”, garantiu.
Sobre a proposta de um fundo de recuperação para a União Europeia de cerca de 500 mil milhões de euros apresentado pelos governos francês e alemão, o Presidente do Governo considerou tratar-se de uma “importante proposta”, uma vez que salienta o papel das Regiões no processo de retoma, assim como a relevância da Política de Coesão.
GaCS/PC