O Presidente do Governo anunciou hoje que está em análise a instalação de um laboratório de análises de despiste da COVID-19 na ilha do Faial, em colaboração com a Universidade dos Açores, uma decisão que está apenas dependente de questões técnicas e de recursos humanos.
“No que tem a ver com a capacidade de monitorização do Serviço Regional de Saúde, estamos a avaliar, com a Universidade dos Açores, a possibilidade de instalar na ilha do Faial um laboratório para a realização de testes, nos mesmos termos em que acontece na ilha Terceira e na ilha de São Miguel”, afirmou Vasco Cordeiro, após a reunião que manteve, por videoconferência, com os conselhos de administração das unidades de saúde de ilha e dos três hospitais da Região.
A instalação deste laboratório será um “ganho importante”, referiu o Presidente do Governo, ao adiantar que esta avaliação está a ser feita para, a curto prazo, ser tomada uma decisão sobre esta matéria.
“Essa possibilidade insere-se na capacidade de resposta que, também por esta via, podemos dar, sobretudo num cenário em que, com a retoma progressiva e gradual da normalidade, com ligações aéreas e marítimas, se vai verificar uma maior mobilidade de pessoas”, disse Vasco Cordeiro.
Após a reunião de hoje, que se enquadra num conjunto de contactos nas várias áreas que se iniciaram na última semana, Vasco Cordeiro adiantou, por outro lado, que já está em curso a retoma progressiva da atividade assistencial de prestação de cuidados de saúde em toda a Região, incluindo a que é assegurada por extensões de saúde.
“A ideia é que, ao longo do mês de junho, possamos ir, progressivamente, alargando esta prestação de cuidados em todas as estruturas do Serviço Regional de Saúde”, assegurou o Presidente do Governo.
Segundo disse, a reunião de hoje permitiu, assim, fazer o ponto de situação, na sequência das perturbações que ocorreram por causa da pandemia da COVID-19, mas, sobretudo, sobre o que está a ser planeado para recuperar essa situação e prevenir situações futuras que possam surgir, fruto de um segundo surto.
“Há um objetivo fundamental: até ao final do ano, em cerca de nove meses, terá de ser feito um esforço para igualar a produtividade dos 12 meses do ano passado. Da parte de todos, há essa consciência e esse esforço, mas, obviamente, que podem existir perturbações, que podem ter a ver com um eventual segundo surto”, adiantou.
“Foi uma reunião particularmente útil e produtiva porque permitiu, ao nível de cada uma das unidades de ilha e dos hospitais, aferir, com bastante rigor e profundidade, as situações que estão a decorrer de forma satisfatória e aquelas que necessitam de aperfeiçoamentos”, disse.
Em declarações aos jornalistas, o Presidente do Governo fez questão, ainda, de reconhecer e enaltecer o trabalho que todos os profissionais de saúde desenvolveram nos últimos meses, “um esforço importante e que foi a pedra angular da forma como passamos esta fase”.
GaCS/PC