Para o PS a SATA foi e continuará a ser o garante da coesão económica e social das Ilhas dos Açores

PS Açores - 16 de junho, 2020
No âmbito de um debate parlamentar sobre o Grupo SATA, o Partido Socialista dos Açores insistiu na importância da companhia aérea como “garante da coesão económica e social das Ilhas dos Açores”. José Ávila lamentou as constantes críticas feitas à SATA e lembrou o papel fundamental que esta teve no combate à pandemia e que vai ter no relançamento do turismo nos Açores. “Estas empresas têm sido acusadas ao longo dos anos de serem despesistas, ou então centralistas ou ainda de terem uma política economicista. Muitos dos que estão aqui pedem mais voos, mais rotas e deslocalização bases operacionais, portanto, pedem mais despesa. Muitos dos que estão aqui pedem maior racionalização dos custos, mas não admitem a racionalização da operação (…) Como se vê, a Sata tem sido acusada de uma coisa e exatamente do seu contrário”, recordou o deputado do PS/Açores. José Ávila assegurou o Grupo SATA é dos “mais escrutinados desde sempre, com uma Comissão de Inquérito dedicada e outra, que para além da SATA, envolvia todas as outras empresas públicas - Foram dois momentos em que só não se esclareceu quem não quis! Para além disso tem sido objeto de várias propostas, de muitos requerimentos, perguntas orais, declarações políticas, audições da tutela e de administradores, votos de protesto, etc.” Para o parlamentar, estas iniciativas permitem “acompanhar o funcionamento das empresas do Grupo, mas também fragilizam a sua posição comercial num mercado marcado pela enorme concorrência. Das companhias que operam nos Açores, a SATA é a única que não tem proteção dos segredos comerciais e, como é bem sabido, não é fácil vencer num meio concorrencial nestas circunstâncias em que as informações mais sensíveis são do conhecimento dos concorrentes”. José Ávila realçou, ainda, que a SATA foi fundamental no combate à pandemia mundial que também afetou os Açores: “Para proteção de todos os Açorianos, foram dadas instruções à SATA para parar a sua atividade de transporte normal de passageiros do exterior e interilhas. Essa decisão foi fundamental para controlar a Covid-19.  Travando a mobilidade, travou-se a disseminação do vírus”. No entanto, acrescentou, “foi a Sata que foi longe para trazer equipamentos para tratar esta doença e também material para proteção dos profissionais de saúde, dos bombeiros e das forças de segurança. Foi a Sata que levou e trouxe muitos dos nossos doentes. Foi a Sata que distribuiu os equipamentos médicos pelas ilhas. Foi a Sata que transportou as amostras biológicas para análises nos laboratórios de referência. Foi a Sata que transportou muitas dos nossos produtos para o exterior”. Agora, defende José Ávila, cabe à administração planear, organizar, dirigir e controlar a empresa “com o intuito de estabelecer uma estratégia e preparar um plano de ação capaz de atingir objetivos que se propõe por isso é aceitável que esta proceda a ajustes no Plano de Negócios”.