“Nos Açores, passados os momentos mais difíceis da pandemia, e num esforço conjunto, do Governo Regional, empresários e trabalhadores Açorianos, têm dedicado as últimas semanas, a preparar-se para começar a receber os turistas com segurança”, afirmou a deputada do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República.
Lara Martinho, que participava na audição ao Presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho, no âmbito da Comissão de Economia, destacou ainda a campanha do Turismo dos Açores – ‘Todos Fazemos Parte’, lançada já esta semana, reforçando a Região como “um destino único, de referência e sustentável”.
Assumindo o turismo uma importância significativa na Região, a vice-presidente do GPPS lembrou ainda que, tal como a TAP, “recebemos de braços abertos quem nos quer conhecer e vivemos juntos o melhor da nossa terra”, acrescentando ainda a importância que as ligações aéreas representam para este setor, e para o desenvolvimento económico e social, em especial quando se fala de uma região como os Açores.
Nesse sentido, e referindo-se ao planeamento da TAP, a deputada socialista deu conta de que em notícias anteriores, a partir de 1 de julho, a Transportadora Aérea Portuguesa efetuaria um voo diário de Lisboa para a ilha Terceira, sendo que agora na nova divulgação para o mesmo mês são apenas três os voos semanais, “situação que nos preocupa sobremaneira, até porque a recuperação económica depende muito da forma como recuperamos também neste setor, e, neste âmbito, a TAP tem um papel decisivo”.
Assim, Lara Martinho questionou se a Região pode contar com a TAP para ser um agente ativo na recuperação e captação de turistas para os Açores, aumentando dessa forma a sua oferta.
Afirmando ser este o momento em que a TAP se deve associar ao país, e à sua retoma, Miguel Frasquilho anunciou que, tal como em outras zonas do país, o Conselho de Administração mandatou Bernardo Trindade a encetar esforços com várias entidades regionais, no sentido de se ouvir a sociedade civil e perceber as principais necessidades, afirmando quererem “a TAP que interessa aos portugueses”. Miguel Frasquilho disse ainda que já decorreram reuniões com as associações da região do Algarve e vão ser feitas também com as da região autónoma da Madeira, na sexta-feira, e também dos Açores. O Presidente do Conselho de Administração da TAP considera que o programa de retoma da companhia deve também contribuir para uma “recuperação mais harmoniosa e mais equilibrada do país”.
Ainda sobre esta matéria a socialista questionou igualmente Antonaldo Neves, CEO da TAP, a quem perguntou sobre a estratégia da companhia para os Açores. Em resposta, o Presidente Executivo da companhia sublinhou o comprometimento com todas as regiões do país, sendo que, no caso dos Açores, entre 2015 e 2019 se passou “de 260 mil para 666 mil assentos por ano”.