O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje que o atual modelo de ajudas do programa POSEI tem impulsionado o crescimento da agricultura nos Açores e integrou a estratégia regional para o setor, que tem sido delineada em colaboração com os diferentes parceiros do setor, muito em especial a Federação Agrícola dos Açores.
“Entre 2012 e 2019, verificou-se um crescimento da produção de leite em 12%, da produção de carne de bovinos em 16% e da área de hortofrutícolas em 67%, onde o número de produtores aumentou 52%. São tudo exemplos do contributo do regime de ajudas do POSEI para o crescimento da agricultura, para a manutenção e criação de emprego, para o aumento do valor e para a substituição de importações e para o crescimento das exportações”, referiu João Ponte, que falava no final de uma audição na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa sobre o Projeto de Resolução apresentado pelo PSD, intitulado ‘Desligamento – garantir apoios ao rendimento desligados da produção’.
Para o governante, estes indicadores são positivos, pese embora o desafio da valorização das produções com que o setor leiteiro está confrontado desde o fim do regime de quotas leiteiras em 2015.
João Ponte salientou o trabalho de promoção que o Centro Açoriano de Leite e Lacticínios (CALL), o Plano Estratégico para os Lacticínios dos Açores, a possibilidade de converter explorações de leite para explorações de produção de carne, considerando que se trata de exemplos do trabalho feito com os parceiros do setor para a valorização dos produtos lácteos, mas que terá de ser reforçado e aperfeiçoado, apostando mais na inovação, em novos mercados e no reforço da notoriedade.
“Está já em vigor uma medida implementada no ano passado que permite aos produtores de leite em São Miguel, Terceira e Graciosa reduzirem até 20% o número de animais e a respetiva produção, podendo manter o mesmo nível de ajudas no âmbito do POSEI”, disse João Ponte, revelando que, apesar deste ano 770 produtores de leite já terem reduzido 3.000 animais, esta medidas poderá, no futuro, ser melhor explorada, de modo a permitir aos produtores ajustarem o seu efetivo e melhorarem a eficiência das suas explorações.
Destacando a total disponibilidade do Governo Regional para aperfeiçoar o programa POSEI, João Ponte salientou que, no último ano, por exemplo, foi possível introduzir melhorias que se traduziram em benefícios para os agricultores, com discriminações positivas para os pequenos produtores, desde logo possibilitando que 85% dos produtores de bovinos de carne, 60% dos produtores de ananás e cerca de 50% dos produtores de leite recebessem as ajudas sem qualquer tipo de redução e majorando as ajudas às produções em regime de qualidade (DOP, IGP e Modo de Produção Biológico).
(GaCS)