A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo adiantou hoje, no Pico, que a Casa da Montanha conta com novos espaços de apoio à atividade dos guias e uma nova área reservada aos visitantes, concretamente de apoio às descidas, separando os fluxos de subida e de descida, e de uma zona de estacionamento de viaturas, com capacidade para 75 veículos ligeiros e dois autocarros.
“Esta foi uma obra que ficou concluída em 2019, beneficiando e ampliando este importante espaço, num investimento global de 600 mil euros”, afirmou Marta Guerreiro, salientando que “a Casa da Montanha é um ponto de passagem obrigatório, seja enquanto base da escalada, seja como mero espaço de interpretação ambiental, precisamente pelo facto de a Montanha do Pico ser um dos elementos mais icónicos da ilha e da Região”, sendo igualmente uma área de elevada importância do ponto de vista da bio e da geodiversidade.
“O conjunto destes fatores, e a sua imponência, fazem com que a Montanha do Pico seja procurada por um crescente número de pessoas, quer locais, quer visitantes”, acrescentou a governante, adiantando que, em 2019, “escalaram a montanha 20 mil pessoas e, para além destas, mais de oito mil visitaram a Casa da Montanha”.
Marta Guerreiro falava durante uma visita a esta infraestrutura, que incluiu uma apresentação dos trabalhos de manutenção e requalificação do trilho executados pela Associação de Guias de Montanha dos Açores (AGMA), no âmbito de um projeto do Orçamento Participativo de 2018.
“Este foi um investimento de 25.600 euros, que incluiu a reabilitação e recolocação dos marcos existentes em todo o trilho, incluindo no Piquinho, a limpeza do trilho e da cratera, a pintura de novas marcas sinaléticas ao longo do percurso e a deslocação de duas rochas que se encontravam em risco de queda no Piquinho”, referiu a titular da pasta do Ambiente, acrescentando que está ainda a ser executada a vedação de uma reentrância na zona adjacente à Furna Abrigo e a eliminação de outras zonas críticas existentes no trilho.
Para além deste importante investimento nas infraestruturas, a Secretária Regional sublinhou a importância da existência de um regulamento de acesso “adequado”, bem como de “um sistema de rastreio permanente e generalizado, associado a um mecanismo de resgate eficiente, capaz de responder a eventuais acidentes com os visitantes”.
Marta Guerreiro recordou que as alterações efetuadas ao regulamento nos últimos anos, como o estabelecimento de limites diários de subidas e de pernoitas na cratera, a plataforma de reservas, a diferenciação significativa das tarifas cobradas a visitantes autónomos, a obrigatoriedade da subida com Guia da Montanha fora do horário de funcionamento da Casa da Montanha, entre outras, foram desenvolvidas em diálogo permanente com os parceiros, em particular com a AGMA.
“O nosso intuito, por um lado, é de preservar o património da Reserva Natural e, por outro lado, de valorizar o papel e promover a atividade dos Guias da Montanha, o que tem sido alcançado, como atesta o facto das subidas com guias terem passado de cerca de 2.300 (26% do total), em 2012, para cerca de 9.400 (47% do total), em 2019”, frisou a Secretária Regional.
(GaCS)