“A empresa, a sua nova administração e os trabalhadores da SATA estão a fazer o seu caminho para ultrapassar os efeitos provocados por uma crise sem precedentes na aviação comercial mundial. Cabe-nos dar um voto de confiança e todo o apoio de que precisam”, afirmou José Ávila num debate parlamentar sobre a recuperação da companhia aérea açoriana.
O deputado do PS/Açores realçou os problemas que enfrenta o setor: “Muitas companhias no mundo estão a atravessar dificuldades e algumas nem conseguiram sobreviver e não é só por causa da pandemia. Antes da Covid-19, 23 companhias deixaram de operar devido a falências, foi um triste record. Com a pandemia, as companhias foram obrigadas a parar as suas frotas por razões sanitárias enquanto os cidadãos anularam as suas reservas, provocando um rombo na sua exploração”.
José Ávila adiantaou que “o setor da aviação civil, na Europa, estima perder 70 mil milhões de euros e, por isso, os apoios de Estado já negociados ultrapassam os 25 mil milhões de euros. É neste contexto que se encontra a SATA – uma empresa que como muitas outras, opera num mercado altamente regulado, extremamente disputado e muito volátil, por isso algumas dessas empresas sentem muitas dificuldades, agravadas agora pela crise da pandemia”.
Como pedido de auxílio de estado apresentado pela SATA, no valor de 163 milhões de euros, e com o plano de restruturação está pronto, o deputado do PS/Açores considera que o Grupo SATA e os seus trabalhadores merecem um voto de confiança, “para garantir que continuam a cumprir a sua missão de servir os Açores e unir os Açorianos”, acrescentou o parlamentar.
Ainda durante o debate, José Ávila concordou com alguns pressupostos do diploma do BE/Açores, nomeadamente quanto ao facto de que: “o Serviço Regional de Saúde foi um pilar que suportou a resposta à pandemia; Ficou clara a importância dos serviços públicos como esteio da dignidade humana e do progresso e que a SATA é o único factor fiável para a mobilidade dos Açorianos”.