A Secretária Regional da Solidariedade Social anunciou hoje, na Madalena, que o requerimento do cartão de identificação do cuidador informal, assim como do apoio financeiro para cuidadores informais, poderá ser efetuado durante o mês de setembro, prevendo-se o seu pagamento a partir de novembro, com efeitos retroativos.
Andreia Cardoso falava no encerramento da formação aos técnicos das Unidades de Saúde, da Segurança Social e das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que vão integrar os Gabinetes Locais de Apoio ao Cuidador nas ilhas do Pico, Faial e S. Jorge.
“Com esta formação, finalizamos a ronda de formações previstas para os cerca de 80 técnicos que irão integrar os diversos Gabinetes Locais em todos os concelhos da Região”, referiu, acrescentando, no entanto, que, “em resultado das condicionantes derivadas da situação de emergência de saúde pública devido ao surto de COVID-19 e à interrupção da formação, vamos aproveitar para efetuar um reforço formativo ao primeiro grupo já formado na ilha de São Miguel”.
Na ocasião, a Secretária Regional voltou a frisar que o apoio ao cuidador informal é uma forma de “cuidar de quem cuida do outro”, promovendo as respostas de proximidade dirigidas à população idosa e dependente e a valorização do cuidador.
“Tendo em conta que o cuidador informal é a pessoa que presta cuidados a um doente com necessidades permanentes no domicílio sem auferir qualquer retribuição financeira ou outra, é nossa obrigação apoiá-los, na medida em que a presença de um doente com estas caraterísticas no domicílio altera significativamente as rotinas do cuidador e as suas prioridades”, frisou.
“Perante o esforço que lhe é exigido, é normal que o cuidador, por vezes, sinta dificuldades para lidar com a situação, pelo que apoio a ser prestado pelos Gabinetes Locais visa responder às necessidades do cuidador, fazendo com que este se sinta mais seguro e valorizado”, salientou Andreia Cardoso.
O Regime Jurídico de Apoio ao Cuidador Informal compreende um conjunto de apoios destinados a todos aqueles que, nos Açores, têm a seu cargo pessoas com dependência, no sentido de assegurar um conjunto de direitos que permitam aliviar o impacto que esta situação tem nas suas vidas.
(GaCS)