A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo adiantou hoje que o Governo dos Açores investiu meio milhão de euros no projeto de modernização e alargamento da Rede de Monitorização da Qualidade do Ar dos Açores.
Marta Guerreiro falava na inauguração da Estação de Angra do Heroísmo, que implicou um investimento de 150 mil euros, enquanto uma das intervenções previstas, a que acrescem os 'upgrades' das restantes três estações.
“Para a caraterização do ar ambiente nos Açores temos hoje quatro estações de monitorização, uma no Faial (Espalhafatos), duas em São Miguel (Ponta Delgada e Ribeira Grande) e uma na Terceira (Angra do Heroísmo)”, acrescentou.
A titular da pasta do Ambiente salientou que “a automatização das estações e a teletransmissão de dados em tempo real permite o conhecimento atempado das concentrações dos poluentes atmosféricos no ar, bem como a disponibilização online dos dados de todas as estações de monitorização no Portal da Qualidade do Ar dos Açores, de forma a que qualquer cidadão possa aceder à informação atualizada (para fins pessoais, profissionais ou científicos), contribuindo para uma gestão participada e o incremento da cidadania ambiental”.
O Portal da Qualidade do Ar dos Açores, apresentado também na ocasião, disponibiliza, assim, em tempo real, o Índice da Qualidade do Ar dos Açores, que indica a qualidade do ar que se respira e, consequentemente, o nível de poluição atmosférica.
Neste sentido, a Secretária Regional sublinhou que “os Açores continuam a usufruir de uma boa qualidade do ar, o que é confirmado pelo índice global de qualidade, que apresenta a classificação de 'Bom', condicionado apenas pelo ozono, já que em todos os outros poluentes a classificação é de 'Muito Bom'”.
Os poluentes monitorizados nos Açores são, sobretudo, poluentes primários, emitidos diretamente para a atmosfera, como o dióxido de enxofre (SO2), os óxidos de azoto (NOx), o monóxido de carbono (CO) e partículas (PM), e poluentes secundários, resultam das reações químicas entre poluentes primários, destacando-se o ozono troposférico (O3) – presente nas camadas mais baixas da atmosfera.
Marta Guerreiro referiu que “dos poluentes monitorizados, o único que requer uma vigilância mais atenta, é o ozono, pois é aquele que tem apresentado valores mais elevados, embora bastante abaixo dos valores alvo”.
“Aliás, desde o início do funcionamento das estações, e para todos os poluentes monitorizados, não foram registados quaisquer valores superiores aos limiares de alerta à população”, frisou.
Os dados da monitorização e os índices de qualidade do ar estão refletidos em relatórios anuais, o Relatório de Qualidade do Ar, que é disponibilizad9 no Portal da Qualidade do Ar, em http://qualidadedoar.azores.gov.pt.
(GaCS)