O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje que a primeira versão da segunda Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente dos Açores “é motivadora, mais robusta e adaptável”.
Gui Menezes falava, por videoconferência, na reunião do Conselho Regional de Inovação, onde foi apresentada a proposta para a nova Estratégia de Especialização Inteligente dos Açores (RIS3), documento que vai ser analisado pelo CRI até 14 de agosto, seguindo-se depois um período de consulta pública alargada.
O Secretário Regional salientou que a introdução de novas áreas “servem para dar resposta àquilo que serão os desafios dos Açores nos próximos anos”, acrescentando que “está satisfeito” com aplicação da atual RIS3.
“Os Açores deram um salto quantitativo e qualitativo em termos de inovação e ciência”, disse, lembrando que a Região “foi pioneira a nível nacional” na implementação da RIS3 e está também a “ser inovadora” com a proposta agora apresentada para a nova estratégia de especialização.
Para a nova RIS3, foram realizados ajustes nos eixos prioritários, que passarão a ser ‘Agricultura e Agroindústria’, ‘Mar e Crescimento Azul’, ‘Turismo e Património’, e foi incluída uma área emergente, ‘Interações Espaço-Terra’, enquanto aposta estratégica do Governo dos Açores.
A nova estratégia apresenta ainda uma linha de intervenção que associa os desafios da sociedade às áreas de incidência económica, sendo que, neste sentido, é proposta uma matriz com eixos horizontais, nomeadamente ‘Território, recursos e economia circular’, ‘Ambiente, clima e biogeodiversidade’, ‘Tecnologias e transferência digital’, ‘Qualidade de vida e desafios da sociedade’ e ‘Dinâmicas atlânticas e geoestratégicas’.
A RIS3 Açores, desde a sua origem, propõe-se contribuir também para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, sendo que este desiderato é mais visível nesta versão em que os ODS se assumem como vetores principais para a definição futura das linhas de ação.
O Governo dos Açores começou a desenvolver, em 2014, uma Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente, a implementar na Região até este ano de 2020, com três eixos temáticos, nomeadamente ‘Pescas e Mar’, ‘Agricultura, Pecuária e Agroindústria’ e ‘Turismo’.
Na sua intervenção, o Secretário Regional lembrou que o Governo dos Açores, no início deste ano, promoveu um ciclo de sessões públicas de participação alargada, no âmbito do processo de avaliação e revisão da RIS3 Açores, com vista à redefinição das prioridades estratégicas da Estratégia de Especialização Inteligente, com a auscultação de mais de uma centena de entidades.
Segundo Gui Menezes, a recolha de contributos e o envolvimento dos diversos ‘stakeholders’ regionais “assumiu-se da maior importância para a discussão da nova conceção e dos objetivos estratégicos de desenvolvimento da RIS3 Açores”.
O CRI, um dos órgãos da estrutura de governação da RIS3 Açores, tem como competências, entre outras, a análise da implementação desta estratégia inteligente e a apreciação e aprovação das propostas de revisão da RIS3.
Para além do membro do Governo com competência em matéria de Ciência e Tecnologia, integram o CRI representantes da Universidade dos Açores, do setor associativo empresarial por domínio RIS3 Açores, a Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA), os Parques de Ciência e Tecnologia, a Associação de Municípios dos Açores e os Centros de Investigação por domínio RIS3 reconhecidos no âmbito do Sistema científico e Tecnológico dos Açores (SCTA).
GaCS/GM