A Secretária Regional da Solidariedade Social assinou hoje, nas Lajes do Pico, mais duas escrituras de aquisição de imóveis para resolução de situações habitacionais dos sinistrados da rua da Ladeira, na freguesia das Ribeiras, afetados pelas derrocadas ocorridas naquele arruamento.
“Este esforço do Governo dos Açores destina-se a garantir uma solução habitacional àquelas famílias que viviam na rua da Ladeira e que viram a sua única habitação ficar em risco e inutilizada de um dia para o outro”, disse Andreia Cardoso.
“Com estas escrituras, vemos resolvida a situação de cinco das seis situações identificadas como prioritárias e de intervenção imediata numa primeira fase naquela localidade, ficando por resolver apenas uma, que acreditamos estar em condições de resolução no próximo mês”, acrescentou.
Com os valores que se preveem para esta sexta situação, já totalizam cerca de 700 mil euros as verbas investidas em indeminizações e aquisições de imóveis para permutar com os imóveis sinistrados.
O fenómeno da erosão costeira, com o recuo da linha das arribas nas ilhas dos Açores, origina a ocorrência de situações em que imóveis habitacionais passam a estar em zonas consideradas de risco de derrocada, sendo conhecidas algumas na ilha de São Miguel e na ilha do Pico.
Este fenómeno tem-se vindo a intensificar, tendo originado várias situações onde foi necessário o Governo dos Açores intervir, sendo necessário indemnizar famílias proprietárias desses imóveis e realojar outras famílias que habitavam nessas zonas.
Nesse sentido, a Secretária Regional frisou que as verbas aplicadas com os sinistrados da rua da Ladeira não são as únicas investidas pelo executivo açoriano para resolução de situações de habitações em risco na orla costeira.
“Só no último ano, contabilizando as verbas aqui investidas e adicionando resolução de situações da rua do Porto, nas Calhetas da Ribeira Grande, e na 2ª rua de Santa Clara, os montantes investidos já ultrapassam os 900 mil euros”, disse.
“Este é um problema que, pelas caraterísticas da nossa região, poderá repetir-se, o que requer uma atenção redobrada na minimização de danos, avaliando o risco e antecipando soluções em colaboração com outras entidades e na resolução de novas situações que venham a registar-se”, concluiu Andreia Cardoso.
GaCS/AIC