O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, na ilha Terceira, que a agricultura biológica está no bom caminho nos Açores, conforme atestam um conjunto de indicadores que dão conta do desenvolvimento deste modo de produção, que tem um grande potencial de crescimento e de criação de valor na Região.
“Na atual legislatura conseguimos dar importantes passos ao nível do desenvolvimento do modo de produção biológico, pois temos mais área e mais produtores dedicados a este tipo de produção agrícola, o que indica que estamos a trilhar um caminho certo e com futuro”, referiu João Ponte, revelando que existem atualmente 140 produtores biológicos certificados, a explorar uma área de 1.240 hectares nos Açores.
O governante, que falava no final de uma reunião com a Direção da Bio Azórica - Cooperativa Agrícola de Produtos Biológicos, em Angra do Heroísmo, destacou que existem vários projetos de agricultura biológica em curso na Região, tanto na área da diversificação agrícola, como nas áreas tradicionais do leite e da carne, que se espera que sejam projetos “com grande sucesso”.
O Secretário Regional salientou que na atual legislatura foi definida, aprovada e está já em implementação a Estratégia para o Desenvolvimento da Agricultura Biológica, que visa, entre outros aspetos, aproveitar o potencial existente na Região e as oportunidades que este modo de produção poderá criar.
Para João Ponte, importa ainda destacar o facto de os Açores contarem com organizações de produtores com competências exclusivas no modo de produção biológicas, como é o caso da Bio Azórica e da TRYBIO, que, fruto do seu dinamismo e empenho, têm sido agentes ativos no desenvolvimento deste setor, mas também a aposta que tem sido feita ao nível da grande distribuição, através da criação de áreas exclusivas para a venda de produções biológicas, de modo a corresponder à procura crescente por parte dos consumidores.
No âmbito do programa POSEI foram também introduzidas várias alterações ao longo da legislatura, que permitiram, segundo disse João Ponte, criar majorações nas ajudas às produções em modo biológico ou em conversão.
Apesar do caminho trilhado, João Ponte considerou que existem importantes desafios a vencer no futuro, que passam necessariamente por continuar a crescer em termos de área e de número de produtores e produções biológicas, dada a relevância deste modo de produção do ponto de vista da sustentabilidade ambiental, de saúde e de valorização da produção, bem como da necessidade de responder às metas definidas pela Comissão Europeia a esse nível.
“Devemos prosseguir o bom trabalho que tem sido feito para continuarmos a alinhar a nossa ação com as estratégias europeias, como do ‘Prado ao Prato’ e da ‘Biodiversidade 2030’, em que um dos objetivos é termos 25% das áreas cultivadas em modo de produção biológica”, afirmou João Ponte.
(GaCS)