“O que era válido para o PSD antes da campanha eleitoral, deixou agora de o ser. É inaceitável esta postura - tão esquecida quanto arrogante – do PSD, que no Parlamento dos Açores votou a favor, com o PS, de uma proposta de alteração que contemplava, exatamente, um reforço do aumento de capital da empresa, sem qualquer tipo de comentário ou objeção”, afirmou José Ávila.
Para o dirigente do PS/Açores, “o que envergonha profundamente os Açorianos é a postura do PSD de quanto pior para os Açores, melhor para a sua campanha, fazendo um frete àquelas companhias aéreas que desejam que não existam empresas aéreas públicas e, esquecendo que, desde 2017, o PSD tem vindo a pedir ao Governo dos Açores que faça aumentos de capital à empresa, inclusive, através de carta de um dos seus líderes”.
Para José Ávila “é crucial esclarecer que não há ajudas ilegais do Governo Regional à SATA - como deseja o PSD -, pois todos os apoios concedidos foram aprovados pelo Parlamento dos Açores, com força de lei. Há sim, a dúvida sobre se os aumentos de capital são considerados auxílios de Estado ou não – algo que acontece recorrentemente com empresas públicas na União Europeia, que obtiveram apoios dos seus países. Ao Estado português, à Região e à SATA Air Açores, caberá a defesa da regularidade dos aumentos de capital à empresa, segundo as normas europeias”.
“As declarações do candidato do PSD, mais do que serem infelizes, irresponsáveis e inoportunas, no atual momento em que há diálogo normal, neste âmbito, com a Comissão Europeia, revelam, sobretudo, - num procedimento habitual no âmbito de auxílios de Estado a empresas públicas - uma enorme mudança de postura e um empolamento inusitado e descabido”, condenou o socialista.
“É a confiança que merece este PSD”, concluiu.