O Presidente do Governo presidiu hoje à cerimónia que marcou o arranque das obras de construção do novo Terminal de Passageiros do Porto de São Roque do Pico, um investimento de cerca de quatro milhões de euros que se enquadra na “reconfiguração global” das condições de transporte marítimo de passageiros na Região.
“Esta é uma obra que se reveste de especial importância, não apenas para a ilha do Pico, e que faz parte de uma reconfiguração global das condições de transporte marítimo de passageiros que, quer ao nível de infraestruturas, quer ao nível dos equipamentos, aconteceu na nossa Região”, afirmou Vasco Cordeiro.
Na cerimónia de lançamento da primeira pedra da obra, o Presidente do Governo salientou que a conjuntura atual, relativa aos efeitos da pandemia de COVID-19, “não retira importância e atualidade a este investimento”, que vai permitir “revolucionar por completo” as condições de que vão usufruir os passageiros que utilizam este porto.
“O significado deste investimento não se esgota, porém, no Pico, porque a sua realização não pode ser desligada do que está a acontecer” no âmbito da pandemia, adiantou Vasco Cordeiro, ao sublinhar que a “Região está a prosseguir, simultaneamente, duas agendas”.
“Uma agenda que tem a ver com os efeitos da pandemia e com a necessidade de, ao nível dos serviços públicos, desde logo, da Educação e da Saúde, criar as condições para dar segurança aos Açorianos. E uma outra agenda, estrutural, que tem numerosos exemplos na área do transporte marítimo, na área rodoviária e das infraestruturas, prosseguindo a requalificação da Região do ponto de vista das condições para o funcionamento da sua economia”, afirmou.
Segundo disse, prosseguir estas duas agendas em simultâneo requer um “esforço do ponto de vista de recursos financeiros, mas também da mobilização da capacidade de execução da Administração Regional, numa perspetiva mais vasta, para garantir a sua concretização”.
“É isso que a Região tem feito, garantindo-se que, até ao limite das nossas competências e dos nossos recursos, estas duas agendas prosseguem em simultâneo”, assegurou Vasco Cordeiro.
Depois de recordar que os Açores enfrentam uma situação que, ao nível da saúde pública e dos impactos na economia, “poucos jugariam possível que acontecesse há poucos meses”, o Presidente do Governo destacou o “sentido muito claro de prioridades”, no que tem a ver com os destinatários da ação do Executivo.
“Colocamos os Açorianos no topo dessas prioridades, na defesa da sua saúde, mas também mobilizando os recursos para que a economia, as empresas e os trabalhadores tenham as condições para ultrapassar, com o menor incómodo possível, este tempo de tormenta”, salientou o Presidente do Governo.
De acordo com Vasco Cordeiro, a obra do novo Terminal de Passageiros de São Roque do Pico simboliza, assim, essa capacidade de confiar no futuro e de “acreditar que temos hoje de preparar todas e cada uma das nossas ilhas para estes melhores tempos que virão, face à conjuntura atual que vivemos”.
Na sua intervenção, Vasco Cordeiro considerou ainda que o arranque desta obra “fala, não apenas do investimento em si mesmo, mas, sobretudo, de determinação, de persistência e de compromisso”.
“Apesar da melhoria das condições de funcionamento do Porto de São Roque do Pico ser uma ideia já muito acalentada e com a qual estamos já comprometidos há bastante tempo, o facto é que condicionalismos de diversa ordem, todos eles de natureza técnica, levaram a que esta fosse uma intervenção particularmente analisada, com especial detalhe”, disse.
“Aliás, isso até levou a que se duvidasse se a obra era para avançar, mas cá estamos mais uma vez, em função dessa determinação, dessa persistência e desse compromisso. Cerca de um ano depois da apresentação do estudo prévio, não estamos a apresentar o projeto, mas sim a iniciar a obra”, afirmou o Presidente do Governo.
Esta nova infraestrutura terá uma área de implantação de quase 760 metros quadrados, com valências até agora inexistentes, como sejam salas de desembarque e de processamento de bagagem, posto de turismo, sala de segurança e controlo de acessos, entre outras.
Ao nível exterior, além das estruturas de abrigo, o terminal de passageiros aumentará substancialmente o número de lugares de estacionamento, que passarão de 17 para 76, criando também zonas para viaturas de turismo, para autocarros e táxis.
(GaCS)