O Diretor Regional da Ciência e Tecnologia destacou, em Vila do Porto, o investimento superior a 1,9 milhões de euros do Governo dos Açores, durante esta legislatura, na estratégia de promoção do acesso às áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM).
Bruno Pacheco apontou, nesse sentido, várias medidas de promoção da literacia e da cidadania digitais e do desenvolvimento de competências de Tecnologias de Informação e Comunicação, nomeadamente a implementação de uma rede de Clubes de Programação e Robótica nas escolas do arquipélago, a criação de Oficinas de Competências Digitais, o apoio a Espaços TIC e a projetos de entidades que apoiam cidadãos portadores de deficiência, assim como a criação do projeto-piloto de ensino de programação no 1º. e 2º ciclo do ensino básico, o ‘Atelier do Código’.
O Diretor Regional, que falava quarta-feira, em Santa Maria, onde visitou o Clube de Programação e Robótica da Escola Bento Rodrigues e a Oficina de Competências Digitais da Associação de Jovens da ilha de Santa Maria (AJISM), afirmou que “a descentralização do acesso às competências digitais contribui para a literacia científica dos Açorianos”.
Na visita à Oficina de Competências Digitais da AJISM, onde foram realizadas 11 ações de formação, envolvendo mais de cinco dezenas de formandos, o Diretor Regional frisou que “a promoção de pedagogias orientadas para as competências digitais contribui para o desenvolvimento da cidadania”.
Bruno Pacheco considerou que aprender programação e robótica "é "fundamental para que os jovens açorianos estejam preparados para os novos desafios do século XXI”.
“Uma formação sólida nas áreas das STEM contribui para o aumento dos índices de empregabilidade e dos níveis de inovação e competitividade das empresas regionais, que cada vez mais procuram recursos humanos capacitados nestas áreas”, afirmou.
Nesta deslocação a Santa Maria, Bruno Pacheco visitou ainda o Incuba+, Centro de Desenvolvimento e Inovação Empresarial de Santa Maria, onde teve a oportunidade de divulgar junto das empresas incubadas a iniciativa 'Vales Simplificados de Investigação & Desenvolvimento'.
Estes incentivos para empresas, abertos até ao final do ano, dividem-se em quatro tipologias, nomeadamente 'vale oportunidades de I&D', 'vale direitos de propriedade intelectual', 'vale matching' e 'vale spin-off', e apoiam ações até 20 mil euros, com uma taxa de cofinanciamento não reembolsável de 75%.
Os Vales de I&D permitem obter serviços de transferência de tecnologia, demonstração e construção de protótipos, registo de propriedade intelectual, incluindo marcas e patentes, ligação entre entidades científicas e empresariais para a exploração do potencial científico e apoio à criação de empresas, a partir de I&D em contexto académico.
Durante a visita, o Diretor Regional defendeu "uma maior proximidade” entre as incubadoras regionais e os Parques de Ciência e Tecnologia da Região, através de iniciativas de mobilidade regional, “de modo a tirar partido das caraterísticas e dos ecossistemas diferenciados que estas infraestruturas oferecem”.
(GaCS)