O Diretor Regional das Obras Públicas afirmou hoje, em Ponta Delgada, que o novo Catálogo de Materiais Endógenos dos Açores Aplicados na Construção demonstra “a atenção e a intenção do Governo dos Açores em dar um contributo para o incremento do uso dos materiais produzidos ou transformados" no arquipélago, através da sua inclusão nos programas-base de projetos e cadernos de encargos de obras públicas e privadas da Região, antecipando, por esta via, "uma utilização mais intensiva dos mesmos, potenciando a dinâmica das empresas regionais e alavancando o valor do setor da construção”.
Para Frederico Sousa, esta segunda edição do catálogo, elaborado pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil, “demonstra a relevância da sua existência, levando a que necessite de ser atualizado periodicamente, por forma a contemplar novos materiais e novas ideias de utilização que, entretanto, vão surgindo”.
O Diretor Regional, que falava no final da apresentação do novo catálogo, salientou que o Governo dos Açores “está assim a trabalhar, de forma consistente e ponderada, através do Laboratório Regional de Engenharia Civil, para dar um contributo aos setores de atividade ligados à construção civil e obras públicas na Região, para que estes possam dispor de um conjunto de instrumentos de investigação, desenvolvimento e inovação, bem como de formação e atualização do conhecimento que os ajudem a implementar processos de mudança com vista à melhoria contínua dos serviços prestados e à adequação e atualização dos seus processos e técnicas construtivas com as mais recentes inovações nesta área, bem como à divulgação do que melhor e mais atual se faz a nível global nas áreas de interesse e especialização tecnológica dos Açores”.
Frederico Sousa referiu que “as obras públicas vão continuar a ser uma importante alavanca para a economia regional”, já que “não podemos esquecer que estamos a iniciar o próximo quadro financeiro plurianual 2021-2027, a par da implementação do Instrumento de Recuperação e Resiliência, criado pela União Europeia para a recuperação económica e social, com um objetivo mais amplo do que a mera reposição da situação anterior à crise”.
“Aliada a esta perspetiva de fomento da utilização de materiais endógenos, ou seja, materiais locais, é importante incrementar a dinâmica das empresas regionais e a criação de valor acrescentado dentro da fileira da construção, reduzindo a pegada de carbono dos materiais empregues neste setor, bem como a dependência do mercado externo”, disse o Diretor Regional.