O Diretor Regional da Ciência e Tecnologia afirmou hoje, na Lagoa, que a criação de um ‘hub’ (polo) de inovação digital nos Açores se assume como “um contributo líquido para o ecossistema empresarial” do arquipélago, na medida em que “permite criar condições de acesso às tecnologias e às novidades na área do digital que, de outra forma, não seria possível”.
Bruno Pacheco falava na cerimónia de assinatura do acordo de parceria para a constituição do Polo de Inovação Digital dos Açores (Azores Digital Innovation Hub) e do seu lançamento oficial.
O Azores DIH é coordenado pelo NONAGON - Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel e tem como parceiros o Fundo Regional para a Ciência e a Tecnologia, a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, em representação da Enterprise Europe Network, o Observatório de Turismo dos Açores, a Universidade dos Açores e a Escola de Novas Tecnologias dos Açores.
Segundo o Diretor Regional, o Azores DIH terá um papel de “facilitador” para as empresas acederem a determinadas tecnologias, constituindo-se como “um orquestrador de dinâmicas e projetos” na área do digital.
De acordo com Bruno Pacheco, estes polos têm como objetivo “ajudar as empresas a adotarem tecnologias digitais, promovendo, assim, a sua competitividade e aumentando a probabilidade de internacionalização”.
O Governo dos Açores, através do Fundo Regional de Ciência e Tecnologia (FRCT), e o NONAGON integra, desde o início do ano, o projeto FiiHUB, cujo objetivo é a criação e execução do primeiro eixo de inovação digital (Digital Innovation Hub) da ‘Internet do Futuro’ para a aceleração tecnológica das pequenas e médias empresas (PME) da Macaronésia.
Segundo o Diretor Regional, o projeto FiiHUB, cofinanciado pelo INTERREG Mac 2014-2020, “ganhou uma outra escala com a criação de três ramificações do FiiHUB, sendo uma delas o FiiHUB – Azores Digital Innovation Hub, enquanto membro da comunidade FIWARE”.
De entre os potenciais serviços a serem disponibilizados pelo FiiHUB – Azores DIH destaca-se a formação para a utilização dos ‘facilitadores de serviços’ e a certificação a FIWARE.
Os polos de inovação digital deverão especializar-se em aplicações e setores regionais que possam beneficiar das principais tecnologias digitais suportadas pelo Programa Europa Digital, nomeadamente ‘Computação de Alta Performance’, ‘Inteligência Artificial’ ou ‘Cibersegurança’, sendo que a especialização deve corresponder às necessidades da Região e à sua estratégia de especialização inteligente.
O Azores DIH, que o Governo dos Açores e o NONAGON desenvolveram, visa “disponibilizar uma série de serviços às empresas regionais que pretendam tornar-se mais competitivas na economia digital, reforçando, assim, a aposta do Executivo açoriano na digitalização da economia”, referiu Bruno Pacheco.
“A Comissão Europeia quer estimular surgimento destes polos e nós, com a criação do Azores DIH, queremos afirmar-nos, queremos fazer parte da transformação e da transição digitais”, disse.
Segundo o Diretor Regional, “de forma a trazer para a Região as competências preconizadas no programa Europa Digital, e de que ainda não dispúnhamos”, foram criadas parcerias nacionais e internacionais, nomeadamente com a Colab DTx – Digital Transformation COLAB, o INESC TEC, a ALTICE Labs, o NEST – Centro de Inovação do Turismo, a COTEC Portugal, a Canary Islands Digital Innovation Hub (CIDI-HUB), a Ubiwhere, o Centro Nacional de Cibersegurança e o Centro Nacional de Computação Avançada.
Bruno Pacheco adiantou ainda que o Azores DIH “está a preparar-se para apresentar uma candidatura, em consórcio, ao programa Europa Digital para integrar a rede de European Digital Innovation Hubs”.