Lara Martinho lembrou esta sexta-feira que a defesa intransigente da saúde e da segurança da população dos Açores, e em particular da ilha Terceira, foi uma das prioridades assumidas pelos deputados eleitos pelo Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República, desde o início do seu mandato.
Referindo-se em concreto à proposta apresentada pelos deputados do PS/Açores, de alteração ao Orçamento do Estado para 2021, e que visa a descontaminação da ilha Terceira, a parlamentar socialista recordou que, no seguimento do trabalho já realizado, esta permite não só assegurar a monitorização da água, “como o reforço do subsistema de abastecimento no concelho da Praia da Vitória e o encerramento dos furos de captação de água que se encontram sob monitorização”.
Para a vice-presidente do GPPS, que intervinha no âmbito do debate na especialidade das Grandes Opções do Plano para 2021-2023 e do Orçamento do Estado para 2021, este “é um passo decisivo neste processo”, esperando, nesse sentido, contar com o voto favorável de todas as bancadas.
“Esperamos ainda que nos acompanhem na aprovação do auxílio à legalização do Bairro de Santa Rita que apoia cerca de 100 famílias, na prorrogação do Programa Especial de Apoio Social na Terceira, na concretização da segunda fase do Estabelecimento Prisional de São Miguel, e no acesso da Universidade dos Açores aos fundos europeus”, acrescentou ainda a parlamentar.
Lara Martinho manifestou, no entanto, a sua estranheza pelo facto do PSD apresentar apenas uma proposta referente aos Açores, e que visa obrigar o Governo Regional a entregar no Tribunal de Contas, em 30 dias, os contratos referentes às empreitadas decorrentes do furacão Lorenzo, afirmando que os mesmos se ficaram pelos anúncios e notícias das restantes propostas de alteração. “De facto, o exercício da atividade política deve corresponder a uma atitude coerente. Propostas anunciadas nos Açores deviam ser propostas apresentadas na Assembleia. Mas não foi o caso”.
Para a deputada socialista, “abster-se desta participação, foi abster-se de defender os Açorianos e os Açores”, lembrando que os Açorianos quando confiaram o voto aos deputados do PSD foi, “na firme expectativa que os iam defender”.