O Centro de Acolhimento no Palácio de Santa Catarina, em Angra do Heroísmo, destinado a doentes acolhidos em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) e/ou outras situações que se venham a justificar, está em condições de ser utilizado a partir da próxima semana.
A criação deste espaço resulta de uma decisão do Conselho do Governo de 21 de setembro, com vista a aumentar o número de quartos e de camas disponíveis para reforço da resposta à situação pandémica.
O Centro de Acolhimento instalado no Palácio de Santa Catarina, disponibilizado pela Diocese de Angra, contou com uma intervenção no piso 0, constituído por 12 quartos (11 individuais e um duplo), todos com casa de banho privativa, tendo sido instaladas, para já, 13 camas hospitalares.
Estes quartos têm a possibilidade, se assim se justificar, de serem convertidos em quartos duplos, aumentando a sua capacidade para 24 camas, estando o espaço preparado para receber utentes com mobilidade reduzida ou condicionada.
Está também em curso, por parte da Direção Regional da Solidariedade Social, a realização de obras de manutenção e aquisição de equipamento complementar para apetrechamento do piso 1, que permitirá disponibilizar, a breve trecho, mais 12 quartos e 13 camas.
Esta estrutura foi preparada para responder no caso de haver necessidade de acomodar utentes acolhidos em Estruturas Residenciais para Idosos ou outras estruturas residenciais que assegurem respostas sociais e que resultem de uma eventual separação entre utentes infetados com Covid-19 e não infetados, em caso de surto numa dessas estruturas e nos termos das orientações que venham a ser dadas pela Autoridade de Saúde local.
Por outro lado, foi preparado um segundo edifício, na freguesia de Porto Martins, no concelho da Praia da Vitória, disponibilizado pela Irmandade de Nossa Senhora do Livramento, onde estão disponíveis mais 28 camas (10 quartos individuais e nove duplos).
Este espaço foi igualmente alvo de obras de adaptação, sendo adequado para pessoas autónomas das várias respostas sociais que necessitem de isolamento, como jovens de Casas de Acolhimento ou utentes de Casas de Acolhimento de sem-abrigo, ou ainda utentes de Serviço de Apoio Domiciliário ou familiares, podendo, no entanto, responder a outras necessidades da comunidade.
O apetrechamento dos espaços contou com o investimento por parte da Direção Regional de Solidariedade Social, sendo ainda de destacar o apoio de diversos departamentos do Governo, designadamente as direções regionais da Habitação e das Obras Públicas e Comunicações e do Serviço Florestal da Terceira.
A preparação destes espaços contou igualmente com a colaboração de várias Instituições Particulares de Solidariedade Social da ilha, nomeadamente através da cedência de algum equipamento, designadamente o Recolhimento Jesus Maria José e a Santa Casa da Misericórdia de São Sebastião, assim como as Casas do Povo da Feteira, de Porto Martins e da Fonte Bastardo.
Na ilha de São Miguel estão reservados mais dois espaços para a criação de Centros de Acolhimento, à semelhança do espaço já criado no Centro de Saúde da Ribeira Grande no início da pandemia com o mesmo objetivo, designadamente a ala residencial do recém-inaugurado Centro Intergeracional dos Arrifes e as residências assistidas do Lar Luís Soares de Sousa, totalizando 42 vagas para o efeito.
Todos estes espaços são recursos importantes para uma melhor capacidade de resposta da Região num cenário de agravamento da situação epidemiológica, nomeadamente na minimização do impacto que um surto de COVID-19 poderá ter junto de estruturas residenciais que acolhem públicos de maior risco, como os idosos.
GaCS/SRSS