No discurso da sessão de encerramento do Programa do XIII Governo dos Açores, o Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Vasco Cordeiro, deixou uma mensagem de “Esperança e de Confiança” às Açorianas e aos Açorianos, quer aos que votaram no Partido Socialista, quer aos que votando noutros partidos “também estão apreensivos, preocupados e, em alguns casos, revoltados pelo facto de ter sido dado esta utilização ao seu voto”.
Como sublinhou na sua intervenção, “esta solução de Governo precisa desesperadamente de esconder que, apesar de ter a força da soma dos mandatos parlamentares, não tem a força da legitimidade do voto dos Açorianos”. Apesar de muitos terem afirmado que “ a soma dos votos dos partidos que suportam e apoiam o Governo é superior aos votos obtidos pelo Partido Socialista e que, portando, na sua opinião, isso dá legitimidade do voto a esta solução do Governo”, a verdade é que nunca assumiram, antes das eleições, “perante o Povo Açoriano que, se tivessem maioria de mandatos, formariam um Governo”.
Aliás, a maioria dos líderes partidários que suporta a coligação, seja no governo, seja no parlamento, disse “exatamente, o contrário” aos Açorianos: “O PSD disse que nunca se coligaria com o Chega; O Chega disse que era um partido anti-sistema e que, portanto, isso de apoiar governos não era com eles. O PPM disse do líder do PSD, e atual Presidente do Governo, aquilo que Maomé não disse do toucinho…”
Agora, acrescentou Vasco Cordeiro, “perante isto que foi dito, querem convencer-nos que, quando os Açorianos deram a vitória eleitoral ao Partido Socialista, e infligiram uma derrota a cada um dos partidos que suportam e apoiam o Governo, quiseram dizer aos senhores que formassem um governo (…) Os senhores perderam as eleições do passado dia 25 de outubro e perderam o debate da legitimidade popular da vossa solução”.
Por tudo isso, Vasco Cordeiro garante que os Açorianos podem ter “Esperança e Confiança nos méritos da nossa Autonomia, mesmo considerando os aspetos em que ela pode ser melhorada e aperfeiçoada; Esperança e Confiança nos órgãos de governo próprio da nossa Região, entre os quais se inclui, como primeiro e principal, este Parlamento; Esperança e Confiança nos Açores e nos Açorianos, naquilo que nos une, naquilo que nos motiva, naquilo que nos orgulha como Povo e como Região”.
“Sem temores, sem receios, é com Esperança e Confiança que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista se apresenta para servir os Açores e os Açorianos nesta XII Legislatura, com honra e com orgulho no mandato que o Povo Açoriano nos concedeu”, assegurou.