Na sequência do conjunto de medidas que o Grupo Parlamentar do PS/Açores apresentou para apoiar as famílias, trabalhadores e empresas da Região face às consequências da pandemia, os deputados reuniram com a delegação dos Açores da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). Para além das propostas concretas que foram analisadas Francisco César deixou, no final do encontro, um alerta quanto à falta de pagamento, por parte do novo executivo, de apoios que já estavam confirmados.
“A nossa primeira proposta é no sentido de apoiarmos a compra de produtos com a marca Açores, com base num programa que já existia no passado mas que nesta altura requer um esforço adicional por parte do governo dos Açores”, adiantou Francisco César, sublinhando que esse apoio à compra de produtos com a Marca Açores no setor da restauração permitirá baixar “os custos dessas empresas e beneficiar toda a cadeia de valor”.
Em análise esteve também a proposta socialista para que seja garantido “um apoio concreto à liquidez do setor da restauração”, explicou o parlamentar: “Verificamos que nos Açores os apoios à liquidez das empresas são inferiores, em cerca de metade, do que existe a nível nacional – isso não faz sentido nenhum - e dai que viemos apresentar esta medida, que permite apoiar 40% da diminuição da faturação das empresas de restauração”.
Em declarações aos jornalistas, no final do encontro, Francisco César deu nota de algumas preocupações manifestadas pelos empresários: “há pagamentos de programas, que foram submetidos pelas empresas, depois de novembro, que já deveriam estar a ser pagos, mas ainda não foram. Os programas de nada servem se não forem efetivamente pagos da parte do Governo dos Açores (…) é fundamental que os apoios financeiros que estavam assegurados, cheguem às empresas”.
Francisco César referiu, também, a preocupação relativamente a “áreas onde os apoios regionais são inferiores aos nacionais”, o que contraria o princípio subjacente à criação de medidas na Região: “Os apoios nos Açores devem ser sempre, pelo menos, iguais aos nacionais, nunca inferiores”.
Questionado pelos jornalistas, referiu que tendo em conta que “a maior parte das medidas que transitavam do Governo anterior terminaram a sua vigência a 31 de dezembro”, a proposta socialista é de que se melhorem os apoios que for necessário e que se sejam prorrogados aqueles que caducaram.
“O Partido Socialista sempre disse que, agora, na oposição não abdicará do seu papel, não só de verificar aquilo que pode ser melhorado, mas também de ajudar a construir soluções – daí que viemos aqui apresentar propostas que podem ajudar as empresas do setor da restauração, mantendo as empresas abertas e assegurando um nível de postos de trabalho que é fundamental para o funcionamento da nossa economia e para a coesão social”, acrescentou.