“Esta é uma das áreas em que se torna necessário uma intervenção pronta, rápida e decidida da parte, não só do Governo dos Açores, mas talvez até dos órgãos de governo próprio da Região, incluindo aí naturalmente e por definição, o Parlamento dos Açores”, afirmou Vasco Cordeiro, esta quarta-feira, em Plenário, referindo-se ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), um dos temas abordados na declaração que o novo executivo apresentou ao Parlamento.
Já no início da semana, na qualidade de Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, tinha alertado para a importância de a Região esclarecer se prescindiu de cerca de 140 milhões de euros dos 720 milhões com que o Governo da República se havia comprometido, ou se vai exigir os valores acordados, no que diz respeito ao Plano de Recuperação e Resiliência, cujas verbas acordadas inicialmente, não coincidem com as anunciadas.
Hoje, Vasco Cordeiro informou que logo depois de ser conhecida a proposta de Plano e de se constatar que o compromisso assumido não estava a ser cumprido, o então Governo dos Açores do Partido Socialista, tinha exigido por escrito ao Governo da República “que fosse cumprido o compromisso que tinha sido assumido com a Região Autónoma dos Açores”. No entanto, questionou o Presidente do GPPS/Açores: “Desde o período em que este Governo está em funções já decorreram cerca de 90 dias e nós ainda não sabemos em que ponto em que este assunto está”.
Para o líder da bancada socialista, “a questão da defesa da Autonomia, no plano dos princípios,” não pode ter como consequência o descurar de “assuntos concretos, presentes e urgentes, de importância estratégica fundamental para a nossa Região”, como é o caso do Plano de Recuperação e Resiliência: “Aquilo que é a defesa dos nossos interesses, aquela que é a defesa dos nossos direitos, a forma como a Região Autónoma dos Açores é, no fundo, respeitada (…) É assunto tão concreto, quanto de importância fundamental para o nosso futuro coletivo”.
Vasco Cordeiro reiterou a importância de se esclarecer “a diferença de verbas” e, tal como referido no início da semana, saber quais as prioridades e qual a estratégia que o Governo regional tem para a concretização das metas e dos objetivos que constam do Plano de Recuperação e Resiliência.