A deputada do PS/Açores, Marta Matos, alertou, esta segunda-feira, para as incongruências verificadas no Plano Regional Anual para 2021, na área da Solidariedade Social na ilha do Pico, solicitando nessa medida, esclarecimentos ao governo quanto às três Misericórdias da ilha.
Para a parlamentar, que intervinha no âmbito do debate sobre as propostas do Plano e Orçamento para o presente ano, e atendendo à importância da Creche e ATL da Santa Casa da Misericórdia das Lajes do Pico, importa perceber a razão pela qual a obra de reabilitação do edifício não foi considerada como prioritária, uma intervenção que, de acordo com Marta Matos, se assume como urgente, tendo inclusivamente já sido “sinalizada e reivindicada pela própria instituição como uma primeira prioridade ao nível das intervenções nas respostas sociais na ilha do Pico”.
Destacando, por outro lado, a referência que consta no Plano relativa à ampliação do Centro de Alojamento Temporário da Santa Casa da Misericórdia da Madalena, a socialista assegurou não estar esta resposta social protocolada, “nem com esta instituição nem com qualquer outra da ilha”, perguntando, nessa medida, “como se pretende ampliar o que simplesmente não existe?”.
Já em relação à Misericórdia de São Roque do Pico e destacando a ampliação da sua estrutura residencial para idosos para criação da valência de Centro de Alojamento Temporário, Marta Matos sublinhou a necessidade efetiva de obras de ampliação desta instituição, estando, inclusive já projetadas, “mas para dar resposta aos seus utentes, na medida em que se encontra sobrelotada”. Nesse sentido, a deputada do grupo parlamentar do PS/Açores questionou o governo, “se pretende acabar com o Lar de Idosos da Misericórdia de São Roque do Pico, para criar uma casa para sem-abrigo”.
“Se em relação à Misericórdia das Lajes do Pico há uma completa omissão das reivindicações e necessidades desta instituição, nos casos da Madalena e São Roque há o desconhecimento, e surpresa até, por parte das direções das Misericórdias em relação às ações previstas no Plano para as suas estruturas”, assegurou Marta Matos.
Para a socialista, e perante as situações expostas, a dúvida impõe-se: “Falta de rigor? Falta de contacto e de proximidade com as instituições do setor? Falta de conhecimento da realidade social da Ilha do Pico?”, questionou a deputada eleita pela ilha do Pico.