Porquê a opção política de não avançar de imediato com o Instituto da Vinha e do Vinho dos Açores? O trabalho está todo feito – qual é a dificuldade política de avançar de imediato com o Instituto?”, questionou Miguel Costa, constatando que nas Orientações de Médio Prazo e nas propostas de Plano e Orçamento em analisar, não há “nem uma palavra para o Instituto da Vinha e do Vinho dos Açores, nem uma palavra!”.
O deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores lembrou que este “Instituto não é do Pico, é sim dos Açores e é essencial para dar garantias aos produtores, a uma atividade que está a crescer cada vez mais e a dar um contributo para as exportações dos Açores”. No entanto, e apesar da insistência, o secretário Regional da Agricultura manteve silêncio sobre esta matéria.
Quanto às acusações que o governante fez relativamente aos apoios atribuídos no ano passado ao abrigo do Programa VITTIS, Miguel Costa recordou a decisão que então foi tomada em concordância com os produtores: “O senhor não pode vir aqui só com meias-verdades. Os 800 mil euros que foram negociados foram para cobrir todas as candidaturas, para não deixar nenhum produtor atrás – até porque não houve mais nenhum aviso aberto, como o senhor bem sabe”.
“Depois de 20 milhões de euros e mais mil hectares de vinha em produção, o senhor secretário vir a esta Casa dizer que “vendemos” alguma coisa, só pode ser muito vinho e muito trabalho”, acrescentou. O deputado do PS/Açores convidou ainda o Secretário da Agricultura a visitar a Ilha do Pico, para constatar que face à “capacidade de transformação” que existe na ilha, o Governo devia, neste momento, apostar “em garantir parceiros para esgotar essa capacidade de produção – era nisso que devia estar concentrado”.
Também sem resposta ficaram as questões relativas à cooperativa “Leite Montanha”, que passou momentos difíceis, mas está com uma boa recuperação, mesmo durante esta pandemia: “Qual é o apoio? Quanto é que é esse apoio? E quando é que vai dar o apoio a essa cooperativa?”