O deputado do PS/Açores, João Vasco Costa, considera “inaceitável o PSD usar os marienses para fazer jogadas político-partidárias”. A reação do deputado eleito por Santa Maria surge na sequência do requerimento anunciado pelo PSD a questionar a existência de um projeto para recuperar as habitações degradadas dos Bairros Habitacionais do Aeroporto, quando “a deputada social-democrata esteve presente na apresentação pública do projeto e viu uma das moradias”.
“Só o peso na consciência por se ter levantado para votar contra uma proposta que o PS/Açores apresentou, no âmbito do Plano e Orçamento, para aumentar em 350 mil euros a recuperação de habitações nos bairros do aeroporto é que pode justificar o requerimento apresentado pela deputada Elisa Sousa, que se levantou com os deputados do PSD, CDS e PPM para chumbar a proposta, que acabou aprovada pela maioria”.
Para João Vasco Costa é lamentável que “alguém que se levantou para votar contra a sua ilha, há menos de um mês, venha agora tentar emendar a mão com um requerimento capcioso, por um lado, e revelador de má-fé política por outro”. “Quando alguém pergunta se existe um projeto para recuperar essas habitações, depois de ter estado presente na apresentação pública, feita pelo presidente do anterior governo, vendo in loco uma das moradias e a maquete do tipo de intervenção projetada, só o pode fazer com manifesta má-fé política”.
O deputado do PS/Açores eleito por Santa Maria, também considera que é revelador dessa postura, o facto da deputada “fazer referência ao protocolo de 2012 celebrado entre os Governos da República e dos Açores, mas ocultar, de forma capciosa, que tal protocolo teve igualmente a participação da ANA, SA e da Câmara Municipal de Vila do Porto”.
Esta omissão, acrescenta, “é feita de forma deliberada, para não explicar que para além da cedência para a Região das casas e terrenos, também foram cedidas a gestão da água para a autarquia, tendo essa recebido cerca de 630 mil euros para recuperação e manutenção das infraestruturas e saneamento básico daquela zona”. Como se sabe, “infraestruturas estão como estão, porque quem ficou com a responsabilidade de as manter e recuperar não o fez, pese embora até tenha recebido mais de meio milhão de euros para o fazer”.
“Diz o povo e bem, é pior a emenda que o soneto!”, conclui.