“É necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre aquilo que são as necessidades de proteção da saúde de todos e aquelas que são as necessidades da vida em sociedade, seja ela no domínio económico, no domínio social, seja ela no domínio da educação”, afirmou Vasco Cordeiro, esta quarta-feira, depois da reunião com uma delegação representante dos signatários do “Manifesto Açoriano pelos Direitos Fundamentais”.
O Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores adiantou que algumas das preocupações analisadas no encontro, nomeadamente no que diz respeito à “abordagem que neste momento está a ser feita e os resultados e os custos que a mesma está a produzir do ponto de vista social e económico”, já foram transmitidas na carta enviada ao Presidente do Governo dos Açores e vão também ser abordadas no encontro que os deputados do GPPS vão ter com o Secretário Regional da Saúde.
Vasco Cordeiro reitera a necessidade de reavaliar essa estratégia: “Julgo que cada vez mais se torna evidente e claro a necessidade de arrepiar caminho (…) é necessário encontrar um ponto de equilíbrio entre aquilo que são as necessidades de proteção da saúde de todos e aquelas que são as necessidades da vida em sociedade, seja ela no domínio económico, no domínio social, seja ela no domínio da educação”.
O Presidente do GPPS/Açores recorda que esta pandemia já se arrasta há muito e as consequências estão à vista: “Aquilo que se ouve, aquilo que se sente na rua, é a exasperação, o cansaço, das pessoas e, por vezes, até, alguma estupefação pelo desconhecimento dos critérios que norteiam algumas decisões”.
Questionado pela comunicação social sobre a gestão da pandemia durante o Governo do Partido Socialista, Vasco Cordeiro lembra que o cenário atual é bem diferente: “Todos os dias evolui não apenas o conhecimento que se tem sobre esta doença, mas também a disponibilidade de recursos para lidar com ela. (…) O conhecimento que temos hoje, os recursos e meios técnicos para lidar com essa pandemia que temos hoje, devem ser utilizados para garantir o melhor ponto de equilíbrio entre a proteção da saúde pública e a proteção de outras componentes da nossa vida em sociedade”.
Também questionado sobre os incumprimentos de alguns cidadãos, alerta para o facto de que, “quando se gera a confusão de critério, quando se gera o cansaço, quando se gera a exasperação com uma situação, é cada vez mais difícil garantir que as pessoas cumpram”.
Vasco Cordeiro insiste, por isso, na necessidade de se reavaliar a estratégia “para garantir um equilíbrio entre a saúde pública e as outras componente da vida em sociedade”, sublinhando os “custos sociais e económicos que o arrastar de uma determinada abordagem, inquestionavelmente, traz para a nossa Região”.