O Partido Socialista dos Açores destaca a importância fundamental que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), negociado pelo anterior Governo Regional do PS, representa para a Região, congregando num único documento um conjunto de reformas estruturais e projetos nas áreas de resiliência, transição climática e transição digital.
Neste âmbito, o PS não compreende a desfaçatez com que os responsáveis de ilha do PSD, que no passado criticaram as opções do PRR negociado, vem agora elogiar um conjunto de investimentos previstos como se fossem opção e prioridade do atual Governo. Aliás, em matéria de PRR, o atual Governo Regional optou por nada fazer ou acrescentar junto do Governo da República, paradoxalmente, não se coibindo de, perante a comunicação social, criticar as opções tomadas e, pouco tempo depois, por interesses locais, aceitar de bom grado elogios dos partidos que os suportam exatamente sobre as mesmas opções de investimento do documento.
O Plano de Recuperação e Resiliência traduz-se na concretização de projetos fundamentais para a Região, dos quais se destaca, ao nível dos serviços públicos, o reforço nas áreas da Saúde e da Educação, através de projetos fundamentais como o Hospital Digital e a Educação Digital, mas também pela capacitação de ativos, pretendendo melhorar a inserção dos mesmos no mercado de trabalho. O documento apresenta ainda a concretização de objetivos públicos como maior inclusão e menos desigualdade, na qual se destaca a implementação da Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social – Redes de Apoio Social nos Açores.
Em matéria referente à revitalização e crescimento económico, realce para o montante disponível para investimentos ao nível da recapitalização do sistema empresarial, bem como para o relançamento da agricultura açoriana.
É importante, no entanto, que o Governo atual não se limite, como tem feito, apenas a executar o trabalho e as políticas deixadas pelo anterior Executivo, apresentando-as como suas, mas que também, tal como o Partido Socialista faria se fosse hoje Governo, saiba perceber que as necessidades de hoje, não são as mesmas de há um ano, e que a dinâmica desta realidade, que tanto nos afeta, exige novas respostas, imaginação, ideias arrojadas e ambição, concretizadas em novas políticas que atendam a esta circunstância.
É importante, também, que no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência se executem as verbas previstas para a Região, e que se cumpram as metas e os objetivos de que depende a continuidade do apoio comunitário.