“É preciso proteger as características mais genuínas para que a identidade da nossa produção, dos nossos produtos seja por si só o seu valor acrescentado”, afirmou Patrícia Miranda, esta terça-feira, no parlamento açoriano.
A deputada do PS Açores falava no âmbito do debate sobre o diploma que regula a atividade apícola e da produção, transformação e comercialização de mel na Região Autónoma dos Açores.
As propostas de alteração apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PS Açores, as quais foram aprovadas por maioria, visavam “nomeadamente, a proteção da abelha autóctone, a correta identificação dos apiários para que a proteção da saúde pública e das colmeias estejam garantidas, o reforço de medidas sanitárias, quer pelo controlo sanitário da cera da abelha, quer pela implementação do próprio programa sanitário”, referiu.
Patrícia Miranda acrescentou ainda a importância de sensibilizar a população para a “importância da apicultura na agricultura e na biodiversidade”.
“Estas propostas de alteração foram elaboradas com base na auscultação que realizamos a este setor de forma que este diploma seja capaz de suprimir as reais dificuldades dos produtores”, explicou. Um conjunto de alterações que, segundo a deputada da bancada socialista, “têm por base a sustentabilidade do setor, o rendimento de quem produz e a proteção das características mais genuínas da apicultura açoriana”.
Patrícia Miranda salientou que “é preciso ter em consideração a grande expansão desta atividade a nível regional, fruto de investimentos dos governos regionais anteriores”, lembrando que “em 2008 existiam nos Açores 195 produtores, em 2018 já eram 449, um número que se mantém estável até aos dias de hoje, existindo cerca de 451 produtores em atividade”.
“Por isso, há que manter, há que continuar este trabalho essencial para o crescimento contínuo de um setor apícola saudável, inovador e rentável”. Para tal, explicou a deputada, “este Governo possui uma ferramenta essencial, o Plano Estratégico para a Apicultura nos Açores, criado, desenvolvido e apresentado pelo anterior Governo do PS. Um plano arrojado, real e praticamente único na Europa com estratégias concretas e objetivas para continuar a impulsionar o setor apícola”.
Patrícia Miranda acredita que para garantir o contínuo crescimento da agricultura regional de forma sustentável e com produções de excelência, “é fundamental termos um setor apícola capaz de dar resposta às necessidades dos outros setores e que estes outros setores estejam recetivos à importância da própria apicultura”.