O Partido Socialista dos Açores considera inaceitável a postura do Presidente do Governo Regional ao afirmar que o anterior executivo fixou a taxa de juros de mora a pagar à EDA - Eletricidade dos Açores, no valor comercial de 7%, considerando que essa afirmação “não corresponde à verdade”.
De acordo com Carlos Silva, membro do Secretariado Regional do PS/Açores, “é absolutamente falso que o anterior governo tenha fixado uma taxa de juros de mora de 7%, mas mais lamentável ainda é que o Presidente do Governo falte à verdade apenas com o intuito de ficar bem na fotografia e obter dividendos políticos de uma iniciativa do Bloco de Esquerda”.
A este propósito, o dirigente socialista lembra que se não fosse a existência da resolução do Bloco de Esquerda, a recomendar a negociação da taxa de juros de mora sobre as dívidas da iluminação pública, “teria sido gasto, pelo executivo da coligação de direita, o dobro em juros pagos à EDA”.
“É ridículo que José Manuel Bolieiro venha agora acusar os governos socialistas de terem fixado uma taxa de juros, quando quer o presidente da EDA, quer os seus secretários regionais, tanto Mota Borges como Berta Cabral, confirmaram, em comissão e no Parlamento, que o contrato celebrado não fixava qualquer taxa, tendo sido o seu governo a pagar juros a 7%, por opção”, referiu o socialista Carlos Silva.
Segundo o membro do Secretariado Regional do PS/Açores “se o Presidente do Governo tinha dúvidas, bastava aceder ao relatório da Comissão de Economia, ou ao Diário do Plenário, disponibilizada no site da ALRAA, onde a resolução foi discutida”.
Agora, e conforme salienta Carlos Silva, “mudaram de opinião poucos meses depois, tal como alertou o PS, e outros partidos, para essa possibilidade, sendo que o Presidente do Governo Regional manteve a arrogância e faltou à verdade aos Açorianos”.
“Ao invés de reconhecer a negligência do seu executivo na gestão do dinheiro público e pedir desculpa aos Açorianos, José Manuel Bolieiro opta por atacar, sistematicamente, o Partido Socialista, provavelmente, com o intuito de esconder a sua incompetência na governação da Região”, assegura Carlos Silva.