O Grupo Parlamentar do PS Açores entregou, esta sexta-feira, na Assembleia Legislativa Regional um requerimento que questiona o Governo dos Açores sobre as quotas de pesca definidas para 2023.
“É importante perceber se o Governo Regional já tem informação das quotas definidas para 2023, no que respeita ao Goraz (Pagellus bogaroveo), totalmente gerida pelos Açores, e para os imperadores e alfonsins (beryx), no qual a Região gere 85% da quota”, explica.
Mário Tomé sublinha a importância que tem, para os pescadores açorianos, uma “boa e rigorosa” gestão das quotas existentes e, através de evidências científicas, “adequar o esforço de pesca à sustentabilidade dos recursos, nomeadamente das espécies Goraz, Imperador e Alfonsim”.
“Estamos apreensivos e preocupados porque este é um assunto que está a causar grande expectativa no setor da pesca face ao descontrolo que esta gestão está a ter por parte das entidades regionais, para além da importância destas espécies no rendimento de algumas comunidades de pescadores, nos Açores”, refere o deputado socialista.
A bancada socialista no parlamento açoriano quer também por isso saber se nos últimos dois anos foram realizadas, pela comunidade científica, campanhas de monitorização dirigidas às espécies demersais e de profundidade, considerando que os estudos científicos, como é o caso do Plano Nacional de Recolha de Dados e outras campanhas anuais de monitorização dirigidas a estas espécies, “têm o objetivo de monitorizar o estado dos seus recursos pesqueiros, “através dos planos de gestão”.
Em caso afirmativo, continua Mário Tomé, é importante perceber se a informação obtida foi reportada à entidade europeia que define a quantidade de quota por espécie, “concretamente o Goraz”.