O Grupo Parlamentar do PS/Açores discorda da opção do Governo Regional em cortar em importantes apoios às famílias Açorianas, sobretudo no atual momento de crise inflacionista que atravessamos.
É impressionante como, face à crise severa que ameaça todas as famílias Açorianas, este Governo decide cortar mais de 3,6 milhões de euros em importantes rubricas como o “arrendamento acessível e Cooperação”, o “apoio aos públicos com necessidades especiais”, o “apoio às famílias, comunidade e serviços”, sem que existam, também, planos integrados de resposta às principais problemáticas sociais como é o caso das dependências.
Não se compreende a insensibilidade deste Governo face aos problemas reais que a todos preocupam, não sendo suficientes o reforço pontual de algumas rubricas que deixam de fora muitas famílias vulneráveis à crise.
Esta opção é ainda mais surpreendente quando este Governo, já em 2022, estima receber mais de 50 milhões de euros em receitas extraordinárias de IVA, resultantes do aumento da inflação e que importa devolver às famílias.
Célia Pereira reagia assim à anteproposta de Plano de Investimentos avançada pelo Governo Regional dos Açores para o próximo ano, documento em análise por diversas entidades e que conta já com múltiplos pareceres negativos e reparos.
A parlamentar socialista criticou, ainda, a “total ausência de um Plano Integrado de Combate às Dependências” por parte deste Governo que, nesta matéria, se “tem limitado a empurrar com a barriga para a frente”.
“O que os Açorianos esperam – e precisam – é de um Governo proativo. Que reconheça as dificuldades que atravessamos e que apresentem respostas válidas, que não desista. E aquilo que estamos a ver é um Governo que corta nos apoios às famílias quando elas mais precisam, que corta nos apoios às pessoas com necessidades especiais, que corta verbas às instituições que lidam com o flagelo da toxicodependência e que não tem sequer um Plano que permita fazer face a este grande desafio social que atormenta tantas famílias”, lamentou a deputada do GPPS, Célia Pereira.