O secretário coordenador do PS/São Miguel, André Franqueira Rodrigues, manifestou a sua preocupação com o aumento da dívida pública da Região que, em apenas 18 meses, cresceu quase 660 milhões de euros.
Assinalando que este indicador atingiu um novo máximo histórico na Região, o dirigente socialista, que intervinha no âmbito da Comissão de Ilha do PS/São Miguel, alertou para o facto de a dívida ter aumentado, “do final do quarto trimestre de 2020, quando o Partido Socialista deixou de exercer o poder nos Açores, para o segundo trimestre de 2022, mais de 27%”.
“O Governo de coligação aumentou a dívida pública Açoriana em 657 milhões de euros, em apenas 18 meses. Em termos comparativos, o Partido Socialista, para chegar próximo, e mesmo assim ficar abaixo do nível de endividamento, levou quase cinco anos, e pelo meio estes Governos do PS apanharam a maior crise económica internacional das últimas décadas, o colapso do sistema financeiro internacional, os efeitos da crise das dívidas soberanas, o resgate do FMI de Portugal e, mesmo assim, gastamos menos, governamos melhor, encetamos a recuperação económica dos Açores, salvaguardamos milhares de postos de trabalho, impedimos a falência de centenas de empresas e baixamos uma taxa de desemprego histórica nos Açores de 18% para os 6%”, assegurou o socialista.
Para André Franqueira Rodrigues, esta “falta de rumo, ausência de medidas contra cíclicas que possam servir de apoio às famílias e empresas, falta de um sistema de incentivos de apoio à competitividade e ao investimento, o aumento galopante da dívida pública e défice orçamental”, é responsabilidade exclusiva do Governo e dos partidos que o suportam, sendo eles que terão “de responder pela gestão dos últimos dois anos”.
Mas, para André Franqueira Rodrigues, é ainda lamentável “a passividade e total ausência de liderança do atual Presidente do Governo”. "Temos um governo que apregoa humildade no discurso, mas é autoritário na ação como, aliás, se viu na recente implosão do descontentamento no Hospital de Ponta Delgada", referiu.
O responsável pelo PS de São Miguel lembrou ainda que, em 2023, não só o investimento na ilha irá reduzir em 120 milhões de euros face a 2022 como os três concelhos liderados pelo PS são discriminados pelo atual Governo.
Na ocasião, o dirigente socialista deixou ainda a garantia de que o PS/São Miguel irá continuar, em 2023, o reforço da proximidade aos Açorianos, apelando, por isso, ao aumento da participação política.