Depois da redução dos dois voos semanais que ligavam Londres à Terceira no período do verão IATA, operados pela Ryanair e pela British Airways, não param as más notícias para o setor turístico, com a Ryanair a reduzir de 7 para 4 as frequências semanais na rota Lisboa/Terceira, em contraciclo com a estratégia desta companhia que anunciou um aumento generalizado do número de rotas e de voos em Portugal. A ilha Terceira perdeu 5 voos semanais.
Por outro lado, a Azores Airlines reforça a sua postura centralista ao abrir uma rota entre Ponta Delgada e Bilbau, quando o mercado espanhol estava estrategicamente definido como o mercado de expansão do turismo na Ilha Terceira.
Nesse sentido, o Secretariado de Ilha do PS/Terceira, atento às preocupações dos Terceirenses e dos empresários, vem publicamente manifestar a sua preocupação com mais este importante revés no desenvolvimento da Ilha, o qual lamenta profundamente, considerando-o um resultado claro e inequívoco da incapacidade e ausência de estratégia do Governo dos Açores - responsabilidade da coligação PSD/CDS/PPM e com o apoio do CH e da IL - para a definição e implementação de uma estratégia de promoção turística dos Açores que seja eficaz para toda a Região.
À semelhança de muitas outras áreas da governação, também, aqui é evidente a incoerência do Governo que, mais uma vez mais, faz tábua rasa daquilo que costumavam dizer as forças políticas que o suportam.
Seria de esperar dos responsáveis políticos terceirenses dos partidos que suportam o Governo outra ação em defesa dos interesses da ilha Terceira, ao invés, reina um total silêncio e inação, sobretudo, quando tanto prometeram aos Terceirenses em campanha eleitoral.
Na Região apenas a ilha Terceira perde voos, o que numa época em que os custos disparam faz-nos temer pela sustentabilidade de empresas ligadas ao turismo, que tendo feito os seus investimentos veem agora colocada em causa a sua capacidade de captarem clientes.
O PS/Terceira exige ao Governo dos Açores que tenha outra atitude, mais respeitosa para com a ilha Terceira, assegurando o desenvolvimento económico e a sustentabilidade do seu tecido económico e social.
A ilha Terceira e os Terceirenses estão a ser deixados para trás.