Carlos Silva realçou que este Governo PSD/CDS-PP/PPM “sacrifica a mobilidade dos Açorianos e coloca postos de trabalho em risco com a sua intenção de privatizar até 85% da SATA Internacional”, o que indicia que pretende “livrar-se da SATA Internacional, privilegiando os interesses dos investidores em detrimento dos interesses dos Açores”.
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS falava à margem do plenário da Assembleia Legislativa Regional, que decorre esta semana, na cidade da Horta.
Carlos Silva criticou, ainda, que com o caderno de encargos que apresentou para a privatização da companhia aérea, este Governo da direita pretenda “desmantelar a empresa, sem garantir a segurança dos postos de trabalho, sem assegurar as rotas para o continente e para a diáspora”.
“Com este caderno de encargos podem estar em causa mais de 600 postos de trabalho, a saída da sede da SATA dos Açores e até a própria sobrevivência da SATA Internacional pode estar em causa”, realçou.
O parlamentar socialista criticou toda a opacidade que envolveu a elaboração do caderno de encargos pelo Governo da privatização da companhia aérea, destacando que este “não foi discutido nem analisado pelos deputados regionais”, nem existiu “qualquer tipo de diálogo”.
Carlos Silva lembrou que o PSD dizia em campanha eleitoral que queria uma SATA pública, mas que agora “admite privatizar até 85% do capital social da empresa”.
"Além disso, em 2021 a SATA internacional apresentou um prejuízo de 50 milhões e em 2022 foram perto de 45 milhões de euros, são cerca de 95 milhões de prejuízo em apenas 2 anos, que são da exclusiva responsabilidade do Governo da coligação e isso não é salvar a SATA!”, realçou o parlamentar socialista.
Carlos Silva criticou a “tática” do Governo da direita de estar “permanentemente a atirar culpas para cima dos Governos Regionais anteriores e do Partido Socialista”, salientando que o caderno de encargos para a privatização da companhia aérea “é da inteira responsabilidade deste Governo”.
O socialista criticou, ainda, a postura de Duarte Freitas de que “tem de salvar a SATA Air Açores, mesmo que isso implique perder a SATA Internacional” o que, para o PS, é motivo de “grande preocupação”, uma vez que a SATA Internacional “é importante para a manutenção de rotas para o continente e para a Diáspora”.
“A SATA é uma conquista dos Açorianos que tem permitido, ao longo dos anos, reforçar o papel do turismo na Região e tem sido um fator muito relevante na economia regional. É o garante das rotas da Região para o continente e para a Diáspora e este Governo Regional está a colocar tudo isso em causa”, finalizou o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva.