O Grupo Parlamentar do PS/Açores viabilizou na passada sexta-feira a constituição de uma nova Comissão de Inquérito ao Grupo SATA, conforme adiantou o vice-presidente da bancada, Carlos Silva, o PS “não tem nada a temer, nem a esconder”.
Carlos Silva criticou que os partidos da direita pretendessem apenas analisar o período 2013-2019, em que o PS formava Governo na Região, desafiando aqueles partidos a, se estão tão preocupados com a gestão da SATA, “alargar o período de análise também aos anos 2020-2022”, incluindo os anos da governação da coligação.
Carlos Silva frisou que o Grupo SATA “reportou prejuízos na ordem dos 180 milhões de euros entre 2020 e 2022” e que “entre 2021 e 2022 a média dos prejuízos da SATA Internacional ascende a 56 milhões de euros, retirando os impostos diferidos”, sendo “valores relevantes que merecem análise por parte do Parlamento dos Açores”.
O deputado socialista realçou que a auditoria tornada pública pelo Tribunal de Contas, que esteve na origem das intenções dos partidos da direita em avançar com mais uma comissão de inquérito à transportadora aérea Açoriana, “veio confirmar aquilo que já se sabia”, até porque a SATA tem sido, ao longo dos anos, “um dos assuntos mais debatidos no Parlamento dos Açores”.
Carlos Silva lembrou que “em 2015 já foi realizada uma comissão de inquérito ao Grupo SATA” e “em 2018-2019 já foi realizada outra comissão de inquérito às empresas do setor público empresarial da Região (SPER)”, que incluiu também o Grupo SATA.
“O nosso histórico demonstra que não temos nada a esconder, votámos a favor de comissões de inquérito no passado e votamos agora a favor desta, porque não há nada a esconder e nada tememos sobre este assunto”, finalizou o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva.
A criação desta comissão de inquérito à SATA foi aprovada por unanimidade, com a ausência do deputado independente, que se encontrava ausente da sala de plenário.