Manuel José Ramos considerou que, com este Governo Regional, do PSD-CDS/PP-PPM, com o apoio da IL do Chega, a ilha Graciosa está a “definhar a vários níveis”.
O deputado socialista falava à saída deu uma visita do Grupo Parlamentar do PS às termas do Carapacho, no âmbito das jornadas parlamentares que decorreram esta semana, na ilha Graciosa.
O socialista, eleito por aquela ilha, sublinhou que as termas do Carapacho estão a “perder serviços”, uma vez que neste momento “estão a trabalhar a meio gás, só com piscina e algumas banheiras”, tendo deixado de providenciar “consultas de reumatologia, de fisioterapia e encerrado algumas outras valências”, algo que considerou ser “muito mau”.
Para Manuel José Ramos, o espaço deve ser concessionado, uma vez que estando na alçada pública, com utilização gratuita, isso leva a que “tenha muito menos valências disponíveis” e ao “desinvestimento no termalismo e no turismo de saúde”.
O parlamentar do PS recordou que o Governo PSD-CDS/PP-PPM, apoiado pela IL e pelo Chega, tinha no seu programa a concessão da exploração do espaço, o que “nunca veio a acontecer”.
“A economia da Graciosa está a definhar e as termas do Carapacho precisam de um outro impulso, uma outra dinâmica, de forma a que se possam assumir como mais uma oferta disponível aos turistas”, defendeu, recordando que o turismo na ilha Graciosa “está a regredir em relação às outras ilhas” e, quando cresce, “cresce muito devagar, de forma quase estagnada”.
Manuel José Ramos realçou que este Governo Regional “acabou com os transportes marítimos” e “nunca repôs a capacidade de transporte de passageiros e viaturas para a Graciosa”, outro fator que, considerou, “afeta o turismo para a ilha”, uma vez que “as ligações marítimas do triângulo à Graciosa eram muito usadas por turistas e residentes nos Açores”.
“A ilha está a regredir em vários setores e, após uma crise pandémica, com a situação da guerra, com a crise inflacionista que atravessamos, a Graciosa precisa de melhores políticas públicas nos transportes marítimos e aéreos”, salientou.
A esse respeito, Manuel José Ramos reconheceu que houve, de facto, um aumento no número de voos, mas na maioria dos dias foi reduzida a sua capacidade, uma vez que “são utilizados os aviões Dash Q-200, que transportam menos de 40 passageiros e têm uma reduzida capacidade de transporte de cargas”.
“Mesmo em época alta subsistem dificuldades nas ligações aéreas a São Miguel e à ilha Terceira”, apontou também.
“A ilha Graciosa foi um pouco abandonada, nos transportes e no turismo, conforme demonstram as estatísticas oficiais. A continuarmos assim, o futuro não será muito risonho, porque este Governo Regional não está a servir tão bem a ilha Graciosa como o fizeram os Governos anteriores, da responsabilidade do PS. Há muitas áreas que estão a regredir e isso prejudica muito o desenvolvimento da ilha, porque estamos a recuar face ao progresso e ao desenvolvimento que conhecemos nos últimos anos”, salientou o deputado do PS eleito pela ilha Graciosa, Manuel José Ramos.