PSD, CDS/PP, PPM e Chega “não quiseram discutir, não quiseram conversar, não quiseram dialogar, quiseram apenas reafirmar a narrativa que criaram no início da Comissão Parlamentar de Inquérito à Concessão de Avales a Empresas Privadas (CPICAEP), ou seja, tentaram desmerecer e denegrir a imagem do Dr. Vasco Cordeiro e do Dr. Sérgio Ávila, mas não conseguiram”, afirmou Berto Messias.
O deputado socialista falava no Parlamento dos Açores, onde foi debatido o relatório da CPICAEP, um relatório aprovado apenas pelos partidos da direita e que “não corresponde aquilo que se passou no decurso dos trabalhos da comissão”.
O objeto desta Comissão Parlamentar de Inquérito era identificar todos os avales, cartas de conforto ou quaisquer outras garantias concedidas a empresas e entidades privadas em que a Região ou empresas públicas regionais e verificar o cumprimento dos princípios da legalidade, transparência, imparcialidade e igualdade na concessão dos avales e cartas de conforto, entre outros.
Berto Messias frisou que o relatório da CPICAEP “não espelha nem representa de forma nenhuma aquilo que se passou ao longo dos trabalhos da Comissão”, realçando que se trata de um “relatório sectário, relatório enviesado, sem verdade sobre os esclarecimentos que nós recebemos, através dos documentos que pedimos, de todas as personalidades que foram ouvidas”.
“Se é certo que alguns dirigentes cooperativos disseram que não tinham conhecimento dessas cartas de conforto no âmbito das suas funções, também é certo que todos eles disseram que estas cartas de conforto representavam a confiança do Governo Regional ao apoio do setor cooperativo naquelas ilhas, fundamental para a manutenção de postos de trabalho e fundamental para a atividade económica das suas atividades”, sinalizou Berto Messias.
“Lamento que este relatório, sendo sectário, preste um péssimo serviço a esta instituição parlamentar e um péssimo serviço à Região Autónoma dos Açores”, sublinhou Berto Messias.
“O PS apresentou propostas de resposta a todos os quesitos, que refletiam, de facto, aquilo que se passou nesta comissão. Foram 18 propostas de conclusões com base naquilo que aconteceu e que, infelizmente a maioria chumbou todas as nossas propostas, com exceção de uma que, curiosamente, era igual a uma conclusão já apresentada”, explicou o parlamentar do PS.
“O que ficou demonstrado, claramente, foi que o Secretário Regional da Economia, durante a época em análise, há 15 anos atrás, Vasco Cordeiro, agiu sempre em defesa do orçamento da Região Autónoma dos Açores, que não houve benefícios ilícitos atribuídos a qualquer empresa e que a concessão dos avales e cartas de conforto por anteriores Governos Regionais, que era suportados pelo Partido Socialista, cumpriram sempre os princípios da legalidade, transparência, imparcialidade e da igualdade”, concluiu o deputado do PS, Berto Messias.